A chegada de Fernando Diniz ao Santos significou muito mais do que uma simples troca de técnico. Depois de perder Ariel Holan, que preferiu colocar o cargo à disposição depois dos resultados ruins e pressão da torcida, a diretoria santista ficou em dúvida sobre quem poderia contratar. O temor era repetir o que aconteceu com Holan.
O nome de Diniz, inclusive, estava na mesa de Andrés Rueda, presidente do Santos, desde a saída de Holan. No entanto, o Comitê de Gestão do Peixe chegou a vetar por entender que o treinador ex-São Paulo representava um risco ao projeto do clube. Sem muitas outras alternativas, o jeito foi dar uma chance para o profissional de 47 anos.
Em seu primeiro jogo no comando do Alvinegro, Diniz foi o verdadeiro destaque. Com um time vibrante, conseguiu bater o Boca Juniors e manteve viva a possibilidade de se classificar para a próxima fase da competição. Além disso, foi expulso por reclamação. Dentre vários destaques, o técnico não poupou elogios para Kaiky, que anulou Carlos Tévez.
“Sobre o Kaiky, futuro brilhante. Fazer o que faz com 17 anos é surpreendente, como outros também. Projeção absolutamente positivo”, disse Diniz em entrevista coletiva, completando: “Difícil falar em melhor que a molecada. Como achar um zagueiro que joga melhor que o Kaiky hoje? Podem vir e buscar posição, mas jovens vão marcando território”, apontou.
Em sua apresentação, Diniz afirmou que o Santos precisa de poucos reforços, mas bons. O estilo de contratação foi reforçado pelo treinador. “Não gosto de falar melhor, mas quem chegue e vista à camisa para não pesar. Buscaremos esse tipo de jogador”, concluiu. A boa fase de Luan Peres e Kaiky pode “frear” uma busca do Santos por zagueiros.