A Série B do Campeonato Brasileiro está chegando na reta final do primeiro turno, e alguns times já têm as aspirações definidas na competição. Com o G-4 marcado por poucos times próximos, e a zona de rebaixamento com muitas equipes ameaçadas no envoltório, a situação de certos Clubestem sido instável desde a primeira rodada.
Com um total de 15 rodadas disputadas até aqui, chama a atenção a “dança das cadeiras” envolvendo mais da metade dos times da Série B. Até aqui, 11 dos 20 participantes já trocaram de técnico ao menos uma vez, como informa a jornalista Camila Alves, do GE.
Em levantamento, ela destacou que, além disso, o Guarani foi o único a mudar de comandante duas vezes desde o início do torneio. Inclusive, o Bugre demitiu Marcelo Chamusca no último sábado (25), após fazer apenas seis partidas como técnico da equipe, e já havia se desfeito de Daniel Paulista no início da competição – que agora é treinador do CRB.
Além do Bugre, outros 10 times mandaram ao menos um treinador para a rua desde a primeira rodada. Os casos mais recentes são os do Bahia e do Sport; o Tricolor de Aço demitiu Guto Ferreira e acertou com Enderson Moreira, enquanto o Leão dispensou Gilmar Dal Pozzo após apenas quatro jogos no comando e fechou com Lisca.
Nas rodadas anteriores, outras mudanças de comando técnico “agitaram” a Série B. O Vasco foi um dos primeiros a agir, com a saída de Zé Ricardo para o Shimizu S-Pulse, do Japão, e a chegada de Maurício Souza, ex-Flamengo, para a vaga.
Fora do G-4, outros times também se movimentaram: Tombense, CRB, Brusque, Novorizontino, CSA, Náutico e Vila Nova também demitiram treinadores e acertaram com sucessores durante a competição.
Entre os nomes acertados, destaque para o CRB, que fechou com Daniel Paulista, ex-Guarani; para o Novorizontino, que contratou Allan Aal, ex-técnico do CRB, e depois o demitiu para trazer Rafael Guanaes, técnico novato, que estreou na última rodada da Série B, e que estava no Tombense no início do ano.
O Tombense também traz um histórico curioso por conta das passagens recentes do seu novo treinador, Bruno Pivetti. Só neste ano, ele já esteve em três equipes diferentes: trabalhou no Villa Nova-MG, para a disputa do Campeonato Mineiro; foi para o Goiás, no processo da reta final do Goiano e início do Brasileirão, mas acabou demitido precocemente; e agora assumiu o Tombense, ondeprotagoniza uma arrancada do time mineiro, que saiu da penúltima colocação da Série B para a luta por uma vaga no G-4.
Do outro lado da moeda, outros nove times seguem com os mesmos treinadores desde o início da Série B: Cruzeiro, Grêmio, Criciúma, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Londrina, Chapecoense, Ituano e Ponte Preta.
Confira a “dança das cadeiras” na Série B, com os Clubes que mudaram de treinador até aqui:
1. Vasco (2º colocado): Zé Ricardo saiu e contratou Maurício Souza
2. Bahia (3º): demitiu Guto Ferreira e contratou Enderson Moreira
3. Sport (5º): demitiu Gilmar Dal Pozzo e contratou Lisca
4. Tombense (6º): demitiu Hemerson Maria e contratou Bruno Pivetti
5. CRB (11º): demitiu Marcelo Cabo e contratou Daniel Paulista
6. Brusque (12º): demitiu Waguinho Dias e contratou Luan Carlos
7. Novorizontino (13º): demitiu Allan Aal e contratou Rafael Guanaes
8. CSA (15º): demitiu Mozart Santos e contratou Alberto Valentim
9. Náutico (17º): demitiu Felipe Conceição e contratou Roberto Fernandes
10. Guarani (19º): demitiu Daniel Paulista e contratou Marcelo Chamusca; depois, demitiu Chamusca e está com Ben Hur Moreira como interino
11. Vila Nova (20º): demitiu Higo Magalhães e contratou Dado Cavalcanti
Clubes que não trocaram de treinador nesta temporada na Série B:
1. Cruzeiro (1º): Paulo Pezzolano
2. Grêmio (4º): Roger Machado
3. Criciúma (7º): Cláudio Tencati
4. Operário-PR (8º): Claudinei Oliveira
5. Sampaio Corrêa (9º): Léo Condé
6. Londrina (10º): Adilson Batista
7. Chapecoense (14º): Gilson Kleina
8. Ituano (16º): Mazola Júnior
9. Ponte Preta (18º): Hélio dos Anjos