O formato da Copa do Mundo sofreu muitas alterações ao longo dos anos. Muita gente não sabe, mas foi apenas em 1986 que a FIFA implementou as oitavas de final no torneio. Antes, a entidade chegou a promover uma classificação de pontos para chegar direto na decisão. Com a fase de grupos se aproximando de terminar, o fã de Mundiais pode relembrar algumas partidas que marcaram época no primeiro confronto de mata-mata.

Caniggia carrasco, CR7 apanhando e +de 10 oitavas que marcaram as Copas
Caniggia carrasco, CR7 apanhando e +de 10 oitavas que marcaram as Copas

Muitas oitavas surpreenderam os torcedores que acompanhavam a Copa do Mundo. Na última edição, na Rússia, o Japão ficou por detalhes de eliminar a Bélgica nesta fase. O destino do Brasil poderia ser bem diferente caso a história fosse outra. Já em 2006, a Seleção enfrentou Gana, uma das possíveis adversárias da Amarelinha no Qatar. Para inspirar os atletas de Tite, em 1994, a campanha do Tetra passou justamente pela equipe do país. Além da vitória magra, o jogo ainda marcou a expulsão de Leonardo por toda competição após aplicar uma cotovelada no meio-campista Tab Ramos.

Confira agora algumas oitavas de final históricas da Copa do Mundo:

Espanha 1 (3) x (4) 1 Rússia 2018

Apesar da eliminação precoce em 2014, a Espanha foi para a Copa do Mundo de 2018 como uma das seleções com chance de surpreender na Rússia. Apesar de ter sido o último Mundial de figuras com Iniesta, Sergio Ramos e Piqué, campeões em 2010, a Fúria contava com as estreias de Thiago, Asensio, Isco e outros. Porém, mesmo com toda esta força, o time da Península Ibérica não foi capaz de vencer os donos da casa em Moscou, e depois de um empate em 1 a 1, com Sergey Ignashevich – contra – e Dzyuba, os russos foram melhores nos pênaltis. Celebração na base da vodka e muito frio.

Agif/Ale Cabral – Russia venceu a Espanha nos pênaltis em 2018

Alemanha 2 x 1 Argélia 2014

Pouquíssimas seleções conseguiram ameaçar a poderosa Alemanha de 2014. O Brasil mesmo não conseguiu nem se aproximar de um jogo competitivo. Quando cruzou o caminho dos europeus, todos se lembram dos sete motivos para o dia 8 de julho ter se tornado um pesadelo. Apesar da grande força de Müller, Neuer e outras, a nada tímida Argélia arrancou suor dos bávaros em Porto Alegre. Após 90 minutos de destaque para o goleiro africano Raïs M’Bolhi, o jogo foi para a prorrogação. Schürrle e Özil garantiram a permanência alemã no torneio, mas não sem antes Djabou mostrar para o planeta que os argelinos são guerreiros.

Agif/Fernando Soutello – Argélia deu trabalho para a Alemanha em 2014

Alemanha 4 x 1 Inglaterra 2010

Muitos alemães encaram as oitavas de final de 2010 como uma vingança pela final de 1966. Após 44 anos de Geoff Hurst ter um gol irregular validado, a reparação histórica veio para desalento de Frank Lampard, em Bloemfontein, na África do Sul. A Inglaterra tinha acabado de descontar o placar para 2 a 1, com Matthew Upson, quando o meia do Chelsea colocou a bola dentro do gol, mas nenhum árbitro foi capaz de enxergar o que parecia óbvio. Abatidos depois da marcação, os britânicos ainda viram Müller marcar duas vezes, que junto de Klose e Podolski conseguiram fazer uma festa com décadas de atraso.

Portugal 1 x 0 Países Baixos 2006

Nem sempre um jogo de mata-mata é marcado por um futebol bem jogado e lances bonitos. Apenas o 1 a 0, gol de Maniche, não consegue expressar o que foi essa batalha campal em Nuremberg. Depois dos 23 minutos do 1° tempo, quando o time, então treinado por Felipão, marcou o único feito esportivo na partida, o clima esquentou e a paulada comeu. Ao todo, o jogo acabou com quatro expulsões, duas em cada lado. Tudo começou com Costinha, que levou dois amarelos apenas na primeira metade do confronto. Depois foi a vez de Boulahrouz acertar um cotovelada no jovem CR7. Deco e Van Bronckhorst completam a lista de indisciplinados no que deveria ser uma partida de futebol.

Coreia do Sul 2 x 1 Itália 2002

Assim como na Rússia, o país sede – nesse caso, um deles – também surpreendeu em 2002. Há 20 anos a Copa do Mundo era compartilhada entre Japão e Coréia do Sul, e essasegundaconseguiu fazer história na casa do vizinho. Em um duelo histórico com a então tricampeã mundial Itália, os Tigres Asiáticos se classificaram na prorrogação para uma inédita quartas de final. Christian Vieri até deixou os italianos na frente, mas Seol Ki-hyeon empatou a dois minutos do fim e deu esperança aos coreanos. Novamente perto de acabar, faltando três minutos para a decisão em penalidades, Jung-Hwan Ahn fez o gol decisivo, virou ídolo em seu país e carrasco na cidade da bota. A Coreia só iria terminar sua campanha com uma 4ª colocação.

Argentina 2 (4) x (3) 2 Inglaterra 1998

Esse foi outro caso que a bola rolando foi apenas um detalhe, porém, com elementos mais violentos. Na mesma Copa que colocou EUA e Irã em duelo, Argentina e Inglaterra protagonizam também um confronto com contextos diplomáticos. Em 1982, ambos os países se enfrentaram de maneira bélica pelo controle das Ilhas Maldivas. Se na política os britânicos levaram a melhor, em campo Maradona virou rei. Após 12 anos da famosa La Mano de Dios, a Argentina voltou a vencer a Inglaterra, desta vez na França, em Saint-Etienne, e por pênaltis. Batistuta e Zanetti marcaram para os Hermanos, enquanto Alan Shearer e Owen fizeram para os europeus.

Romênia 3 x 2 Argentina 1994

Longe dos holofotes atualmente, a Romênia já apresentou perigo para os gigantes em Copas do Mundo. Mesmo assim, o time liderado pelo gênio do Barcelona Gheorghe Hagi, chegou nos EUA com o estigma de nunca ter alcançado uma quartas de final. O tabu foi quebrado em Pasadena, na Califórnia, contra a bicampeã mundial Argentina. A calorosa festa do Hermanos, que saiu da arquibancada para os gramados, durou apenas até os 11 da 1ª etapa, Ilie Dumitrescu marcou de falta o primeiro, uma pintura de cobertura. Batistuta até empatou, após cavar um pênalti na marra, mas Dumitrescu de novo e Hagi garantiram a vitória. Nem mesmo o gol de Abel Balbo foi capaz de evitar uma eliminação dolorido para a Argentina.

Brasil 0x 1Argentina 1990

Nunca na história das Copas do Mundo beber uma simples água provocou um arrependimento tão grande. Até hoje, ninguém consegue explicar ao certo o que tinha no “batismo” do lateral Branco, que ingenuamente aceitou uma garrafa de hidratação dos grandes rivais sul-americanos. O certo é que Maradona arrancou pelo meio, achou Caniggia sozinho no erro da defesa e mandou os brasileiros de volta de Turim, Itália. Ao menos o lateral que perdeu os sentidos em 1990 recuperou a força quatro anos depois para bombardear o gol dos neerlandeses.

Você acredita na teoria de que a água que Branco bebeu realmente estava batizada?

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União Soviética 3 x 4 Bélgica 1986

Na primeira Copa do Mundo com oitavas de final, em meio àgoleadas ou vitórias magras, União Soviética e Bélgica fizeram um confronto tão disputado que só foi definido após 120 minutos de bola rolando. Os belgas iniciaram vendo a grande nação do leste europeu dominando, em um dia que brilhou a estrela do então Melhor do Mundo, Igor Belanov. O atacante do Borussia Mönchengladbach marcou três vezes e poderia ter saído muito feliz, se não fossem os Diabos Vermelhos. Enzo Scifo, Jan Ceulemans, Stéphane Demol e Nico Claesen aproveitaram os vários erros da defesa russa para garantir a classificação em Leon, no México.

Quem irá ao mata-mata? E quem levantará a taça? Dê seus palpites com estesimulador da Copa do Mundo do Qatar 2022.

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