O Grêmio teve grandes laterais-direitos em toda a sua história, jogadores como Arce, Anderson Lima, Eurico e Nelinho vestiram a camisa da equipe gaúcha e se destacaram na posição. Entretanto, um dos que mais se destacaram esportivamente foi Paulo Roberto, cria do clube e Campeão do mundo em 1983.
Durante entrevista a equipe do ‘ENM’, o ex-jogador falou sobre a sua carreira e fez uma comparação com dos dias atuais: “Todos os profissionais têm muito mais condições que nós tínhamos na época. Infelizmente eu acho que os profissionais de hoje não são tão focados como nós éramos na época. Hoje com internet e telefone, as coisas acontecem muito rápido e as vezes os profissionais acabam não dando prioridade na profissão, ao futebol”.
Paulo Roberto ainda fez algumas críticas aos jogadores, que na opinião dele, estão retrocedendo: “Então eu acho que não teve muita evolução na posição. Pelo contrário, hoje eu vejo laterais jogando na série A do campeonato brasileiro e cruzando a bola por trás do gol. Eles não tentam um drible, envolver o adversário. Acho que na nossa época nós tínhamos muito mais técnica e se treinava muito mais e então as coisas aconteciam nos jogos. Hoje eu vejo que não se preocupam muito com os treinamentos, em se aperfeiçoar. Pode ver que são poucos gols de falta, poucos gols de cruzamento. Justamente por isso. Acho que a parte técnica caiu muito em relação a época que a gente jogava. Então não vejo evolução, pelo contrário, acredito que estão bem abaixo”.
O ex-jogador ainda relembrou a preparação que fez para a chegarem à conquista do Campeonato Mundial em 1983: “A nossa preparação ela foi muito bem feita. Foi feito um planejamento desde que acabou o campeonato brasileiro, tanto pra Libertadores como pro Mundial, foi feito uma uma preparação muito grande de conscientização. Foi debatido a importância que era ganhar uma Libertadores, pra depois chegar ao Mundial. A gente tinha a convicção que nós poderíamos ser campeões da Libertadores e chegar ao Mundial. E isso aconteceu. O Espinosa sempre colocou no vestiário uma escadinha, do primeiro degrau até o último e lá em cima era Tóquio”.