O ano de 2018 ficou marcado na história do Palmeiras. Ainda no começo do ano, a diretoria demitiu Roger Machado, na 7ª colocação na tabela, quando o clube ainda disputava a Copa do Brasil e a Libertadores. Felipão, ídolo da torcida, retornou ao comando do time e foi um dos responsáveis pela arrancada do Verdão na temporada. Com Scolari, a equipe caiu na semifinal das duas outras competições, voltando totalmente o foco para o Brasileirão.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

A campanha palmeirense contou com 23 vitórias, 11 empates e apenas 4 derrotas. O Alviverde marcou 64 gols e foi vazado 26 vezes. Alguns jogadores acabaram conquistando a confiança de Felipão e se tornaram peças importantíssimas na conquista do título. Bruno Henrique, hoje no Al-Ittihad, da Arábia Saudita, é um deles. O volante oficializou sua saída do Verdão há alguns meses e concedeu entrevista ao GE, onde explicou sua escolha.

“Depois de três anos, foi o momento em que deu a maior oscilada, com alguns jogos indo para o banco de reservas, apesar que entrava todos os jogos. Em alguns, eu era titular, mas não estava conseguindo ter uma grande sequência. Então, talvez, naquele momento, foi a hora que chegou a proposta e talvez esse ciclo de três anos, pelo qual sou grato e honrado, tivesse chegado ao fim. Foi uma decisão pessoal, claro, temos muitas vezes ciclo nos clubes”.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

No total, Bruno fez 175 jogos e 28 gols com a camisa do Maior Campeão do Brasil. A ascensão dos garotos Patrick de Paula e Gabriel Menino foram cruciais na mudança de postura do Palmeiras. Alguns jogadores, como o próprio BH, perderam espaço. Além disso, o Verdão também optou por não gastar milhões em negociações, abrindo ainda mais espaço para jovens das categorias de base — Danilo e Gabriel Veron também são alguns exemplos.

Bruno relembrou o episódio onde alguns torcedores agrediram sua esposa e salientou: “Você coloca tudo na balança quando as coisas acontecem. Claro que o extracampo não teve o peso decisivo, não foi esse o motivo decisivo para a minha saída. Desde quando cheguei ao Palmeiras, convivi com críticas e algumas pesadas, e muitos jogadores recebem. Os atletas são cobrados, a pressão é enorme no clube e temos que lidar da melhor maneira possível”.