No final do ano passado, Anderson Barros deixou o Botafogo para viver um novo desafio no Palmeiras. Foram praticamente dois anos vivendo o ambiente em General Severiano, onde chefiava as principais decisões do departamento de futebol do Alvinegro. No mesmo ano em que assumiu o cargo, o dirigente tomou uma difícil decisão que não agradou grande parte da torcida: recusou a contratação do atacante Rony.

Cesar Greco/Palmeiras
© Cesar Greco/PalmeirasCesar Greco/Palmeiras

À época, o atacante, hoje no mesmo Palmeiras, deixava o Albirex Niigata, do Japão, chegou a ser anunciado pelo Botafogo, mas o dirigente voltou atrás pelos riscos da operação – já que o clube asiático entrara com uma ação judicial na Fifa. Rony acabou indo parar no Athletico-PR, mas agora a “bomba” estourou no colo dos paulistas: o camisa 11 sofreu punição de quatro meses sem entrar em campo, decisão que o Palmeiras obviamente vai recorrer.

Os paranaenses também sofreram punições sem poder contratar por duas janelas seguidas. O camisa 11, por sua vez, terá que pagar US$ 1.129,499 (cerca de R$ 6 milhões), mais 5% de juros a partir de março de 2019 até a data do pagamento, com prazo de 30 dias.

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Em entrevista ao site ‘UOL Esporte’, Barros lembra que, após o acerto com o Furacão, o temor em relação a Rony mudou. “Na época, não só o Botafogo, como outros clubes, tomaram uma decisão em razão de serem os primeiros. No momento em que o clube deixa de ter qualquer risco, a gente entende que foi uma decisão acertada agora no Palmeiras também”.

“Na época, no Botafogo, a gente entendeu que juridicamente o risco do clube era muito grande. O Botafogo seria o primeiro naquele movimento. O Athletico-PR acabou assumindo o risco. A gente entendeu que o risco para o Palmeiras agora já não existia nessa questão”, completou o dirigente, que livrou o Botafogo de um verdadeiro problema judicial.