Uma bomba atingiu o mundo do futebol, na última sexta-feira (22). O meia-atacante equatoriano, Gabriel Cortéz, foi preso por formação de quadrilha juntamente com outras 18 pessoas. A prisão do jogador que já defendeu o Botafogo e é artilheiro do campeonato nacional pelo Barcelona de Guayaquil, se deu após uma operação policial contra uma quadrilha que atua em Esmeralda, província que fica na divisa entre Equador e Colômbia. Durante a operação foram apreendidas armas, munições, veículos e drogas, de acordo com a imprensa do Equador.
O jogador ex-Botafogo não apenas é considerado parte integrante da quadrilha, como também é acusado pelo Ministro da Defesa Interior, Patricio Carrillo, de ordenar e receber informações de vítimas de assassinato da organização conhecida como Los Tiguerones, durante uma entrevista coletiva.”Não apenas acreditamos que ele tenha participação (com o grupo criminoso), mas foi ele quem ordenou e recebeu as informações sobre as pessoas que os assassinos atacaram, privando-as de suas vidas”, disse o Ministro da Defesa Interior.
Já o advogado do jogador, Antonio Duran, acredita que seu cliente esteja sendo injustiçado. “É uma injustiça terrível. Na formulação das acusações, o Ministério Público deixa claro que ele só recebeu duas ligações [de um possível membro da quadrilha] e não dá ordem alguma. Não se pode nem sequer presumir que ele cometeu delitos. Gabriel Cortez é vítima, mas apesar disso, o Ministério Público apresenta acusações contra ele devido à pressão sentida pelo juiz”, defende Antonio Duran.
No Barcelona de Guayaquil, o jogador marcou sete gols em oito jogos. No Campeonato Equatoriano estava na condição de titular absoluto da equipe comandada por Jorge Célico, que substituiu Fabián Bustos. Diga-se de passagem, Cortez esteve em campo no duelo contra o América-MG, pela Copa Libertadores. Já pelo Botafogo, a passagem foi curta e muito polêmica. Em seis meses no elenco do Glorioso em 2020, acumulou problemas físicos e comportamentais, entre eles o jogador fez uma live bebendo e ainda agravou a crise elogiando o Flamengo, maior rival do Alvinegro. O meia deixou a equipe após atuar em apenas quatro partidas. Pela seleção foi dispensado em sua primeira convocação após fugir da concentração para uma noitada.