Na última terça-feira (19), o jornal “El Confidencial” trouxe à tona uma grande polêmica envolvendo o zagueiro do Barcelona, Gerard Piqué. De acordo com o veículo de imprensa, a Kosmos, empresa presidida pelo defensor blaugrana, recebeu 24 milhões de euros (R$ 120 milhões) em comissões da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), por levar a Supercopa da Espanha à Arábia Saudita.
Diante da situação, Xavi Hernández, técnico do Barça, acabou sendo questionado sobre a condição emocional do jogador, durante a entrevista coletiva desta quarta-feira (20). “Está bem. Ele é assim, gosta de estar na boca das pessoas. Nisso, somos opostos, eu prefiro ser mais prudente. Mas assim é Piqué. Se ele estivesse distraído, eu seria o primeiro a falar. Mas isso lhe dá gasolina, é como uma droga. Dá adrenalina a ele”, afirmou Xavi.
Ao que parece, Piqué realmente não teve problemas para lidar com a polêmica. O defensor foi objetivo ao comentar o assunto e se limitou a usar as redes sociais para afirmar que não cometeu nenhuma ilegalidade. “Tudo o que fizemos é legal e não houve conflito de interesses”, garantiu o zagueiro.
Já o presidente da RFEF, Luis Rubiales, se mostrou mais incomodado com a situação e desabafou. “Estão afirmando muitas mentiras e me irrita que se dê relevância a isso, e não a que roubaram meu telefone. A gestão da federação é clara, transparente e honesta. Tudo o que foi feito com a Arábia foi publicado. O que saiu não está funcionando, mudou. Em 2020 se modificou, e Arábia pagou 40 milhões de euros sem jogarmos lá”, afirmou em entrevista coletiva.
Rubiales negou conflito de interesses com Piqué. “Há três filtros, e o acordo passou por todos. Queria a cada dia mais jogadores como Piqué, e que não terminem suas carreiras. Não existiu conflito de interesses segundo os três filtros. O resto é um debate de vocês. Não pagamos nada a Kosmos, quem paga é a Arábia Saudita”, afirmou.