Os ânimos se exaltaram durante a entrevista do ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ao programa FOX Sports Rádio, nesta quinta-feira (23). O desentendimento começou quando o comentarista Maurício Borges, o Mano, disse que Bandeira de Mello havia sido covarde em sua afirmação de que, caso fosse ele o presidente do Flamengo à época da tragédia no Ninho do Urubu, o incêndio jamais teria ocorrido. Bandeira de Mello deu tal declaração ao canal do jornalista Jorge Nicola no último dia 20.

Bandeira de Mello rebate jornalista ao vivo ao ser chamado de covarde
Bandeira de Mello rebate jornalista ao vivo ao ser chamado de covarde

O ex-presidente se irritou com o comentário de Mano e respondeu ao vivo o integrante da bancada, em uma réplica que serviu também para as críticas que vem recebendo desde a declaração polêmica. Críticas estas tanto por parte da Nação Rubro-Negra quanto por parte da própria imprensa.

Eduardo Bandeira de Mello respondeu às críticas que recebeu no programa FOX Sports Rádio (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

“Eu só respondi uma pergunta, porque sou o único dirigente acusado de ser um homicida. Isso é desagradável. Nada se compara ao sofrimento da família dos garotos, mas minha família também está sofrendo”, rebateu Bandeira de Mello.

A explicação do ex-presidente foi de que ele tinha certeza que os jogadores, à época do ocorrido, já teriam sido realocados para o novo Centro de Treinamento rubro-negro, e não seriam destinados a ficar no local do incêndio. “Quando o time profissional voltasse de férias, eles iriam direto para a Flórida e, a partir do dia 2 de dezembro, o CT estaria liberado para a base. Só que eles estavam de férias também. O sub-17 não estava, e pôde usar o CT do profissional”, esclareceu.

“Não teria o que ser queimado porque não teria nada lá. Agora, se houve uma mudança de planejamento em janeiro, é uma questão que deve ser respeitada, e isso não apresenta uma acusação pelos culpados. O fato é que, de acordo com o nosso planejamento, eles já estariam no centro de treinamento que hoje já é destinado a eles”, completou Bandeira de Mello. O incêndio ocorreu em 8 de fevereiro do ano passado.

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Osvaldo Pascoal, outro integrante da bancada do FOX Sports Rádio, comentou que o Flamengo, à época da gestão Bandeira de Mello, já haveria recebido uma série de alertas sobre a possibilidade de ocorrer problemas com as instalações do local em que os garotos da base moravam. O ex-presidente negou: “Não houve multa, nem advertência de órgãos estaduais e bombeiros, sobre os alojamentos dos meninos. Estou sendo acusado de ignorar um relatório que não foi entregue ao Flamengo no meu mandato”.