O Corinthians, recentemente, chegou ao terceiro mês com atraso salarial. A Lei Pelé, no artigo 31, permite que um jogador busque a rescisão se o clube atrasar o pagamento em três meses ou mais. Nesta última segunda-feira (20), dois dias antes do clássico contra o Palmeiras, a diretoria conseguiu quitar um dos meses pendentes.
Danilo Avelar, que terá um papel importantíssimo no segundo semestre, foi questionado sobre o ocorrido. O defensor, que será testado em nova posição, concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (21) e se posicionou em nome do elenco. De acordo com o jogador, acionar o clube na Justiça não foi algo cogitado pelo grupo.
“Quem é louco para fazer isso com um clube do tamanho do Corinthians? Se todos analisarem a trajetória para estar num clube como esse, jamais teria como fazer isso com o clube. Entendemos a situação. Sou empresário e sei como é difícil gerir em meio a uma pandemia, sem recurso entrando”, declarou.
O tema está em alta devido a situação do rival Santos, que deve perder dois titulares em ação movida na Justiça. Everson e Sasha acionaram o Alvinegro pedindo uma rescisão contratual. Avelar respeita a decisão de outros atletas, mas ressalta que jamais teria coragem pra fazer esse tipo de coisa. O Corinthians enfrenta o Palmeiras, quarta-feira (22), às 21h30 (de Brasília), em Itaquera, pela 11ª rodada do Estadual.
“Graças a Deus temos uma condição boa, diferente de muita gente. Temos que agradecer por isso, por representar uma massa gigantesca. Seria triste se algum atleta fizesse isso. Cada um tem seu pensamento, mas eu jamais teria coragem de fazer algo assim. Conversamos, sabemos da situação. Só temos um pensamento agora: voltar a jogar, todos morrendo de vontade, um clássico ainda”, pontuou Avelar.