Depois da saída de Jorge Jesus, que retornou ao Benfica, a diretoria do Flamengo – pega de surpresa com a decisão do português – se viu perdida sobre quem iria prosseguir o ótimo trabalho deixado pelo Mister. A escolha, então, foi Rogério Ceni. O ex-goleiro estava dando um show no comando do Fortaleza, considerado uma das sensações do futebol brasileiro.
Apesar de ter conquistado o Campeonato Brasileiro e a Supercopa, Ceni jamais foi unanimidade na Gávea e a pressão o acompanhou em toda a sua trajetória no Fla. A decisão da diretoria em demitir o treinador veio após a derrota para o Atlético, por 2 a 1. O substituto foi rapidamente definido: Renato Portaluppi realizou seu sonho pessoal de comandar o Mais Querido.
Em três jogos de Portaluppi (ou Gaúcho) já foi possível ver o Fla jogando diferente do que era com Ceni. As individualidades começaram a prevalecer novamente – como foi em 2019 – e o coletivo acompanhando. Muito criticado, Michael se tornou uma espécie de “amuleto” do novo treinador. Em baixa nos últimos jogos, Arrascaeta voltou a ser protagonista.
“Renato chegou impondo a forma que ele gostaria de jogar. A gente começou muito bem, mas não temos que nos conformar com isso. Temos que melhorar ainda mais”, disse Arrascaeta após a vitória por 4 a 1 do Flamengo diante do Defensa y Justicia no jogo de volta das oitavas de finais da Libertadores. Agora, o Rubro-Negro aguarda Inter ou Olímpia, do Paraguai.
“Isso é parte de mim, a gente não pode nunca ficar contente com o que faz, sempre tem alguma coisa para melhorar. Se a gente ver o jogo, foi bom, mas com certeza vai ter algo (para melhorar). Time grande tem que sempre pensar assim”, concluiu Arrasca, autor do segundo gol do Fla e de uma assistência para Vitinho, além de ter sido eleito o melhor em campo pela Conmebol.