A ‘guerra’ entre Botafogo e Ferj envolveu outros órgãos do futebol brasileiro, como o TJD-RJ, que acabou tendo a missão de intervir no caso. Diretoria, comissão técnica e atletas não esconderam o desejo de disputar o Campeonato Carioca apenas em julho, data imposta pelo Glorioso devido ao atraso na retomada dos treinamentos.
Inicialmente, o desejo era de não disputar nenhum campeonato em meio à pandemia do novo Coronavírus. Carlos Montenegro, ex-presidente e atual membro do Conselho Gestor de futebol, se posicionou e afirmou priorizar a saúde dos jogadores, assim Paulo Autuori, que ameaçou pedir demissão do Glorioso caso o retorno do futebol fosse confirmado.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, o treinador fez duras críticas à Ferj e ao presidente da entidade, Rubens Lopes. Como medida, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro decidiu punir o técnico com 15 dias de suspensão, ou seja, o treinador não irá comandar o elenco no retorno do Campeonato Carioca no domingo (28)contra a Cabofriense, às 11h (Horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos.
A decisão do TJD-RJ foi assinada pelo vice-presidente em exercício do TJD-RJ, José Jayme Santoro. “No caso presente, como já asseverado acima, o ora Suplicado acusou a Federação de Futebol deste Estado e seu Presidente de manterem competições desonestas, para favorecimento de alguns usando pejorativamente termos como ‘mamata’ e ‘espertos’ entre outros”, diz um trecho da decisão assinada por Santoro.
A decisão revoltou a torcida do Botafogo nas redes sociais, que considerou o ato como uma tentativa de censura. “Ferj para mim não é a Federação do Estado do Rio de Janeiro, é a federação dos espertos do Rio de Janeiro. Não têm parâmetro nenhum, vivem aqui nessa coisinha futebol do Rio, no campeonato sem público. Só dá público nas semifinais e finais de turno”, declarou Autuori na ocasião.