O futebol árabe ganhou ainda mais destaque nos últimos anos, principalmente por conta da disputa da Copa do Mundo no Catar 2022. O futebol da região também é conhecido pelo alto investimento e clubes multimilionários. Mas, para além disso, a região tem recebido diversos outros eventos como recentemente aconteceu com a Supercopa da Espanha. Por isso, os “olhos do mundo” vão se voltar mais uma vez para o mundo árabe em 2022, já que a edição da Copa do Mundo deste ano será disputada no Catar.
O time que irá representar o país-sede será o Al-Jazira, estreando na primeira rodada da competição, e abrirá o torneio enfrentando o Pirae. O Al-Jazira tem um histórico de figuras brasileiras em seu elenco, a equipe já foi treinada por Abel Braga, Caio Júnior e Paulo Bonamigo e ainda contou com grandes artilheiros como foi o caso de Ricardo Oliveira. Desta vez, quem busca deixar seu nome gravado na história do clube é o extremo de 27 anos, Victor Sá.
O brasileiro, inclusive, foi o responsável por dar a assistência nos minutos finais da partida decisiva da Supercopa dos Emirados Árabes contra o Shabab Al-Ahli, levando a decisão aos pênaltis, na qual o Al-Jazira triunfou por 5×3, uma conquista inédita para o clube. Em entrevista exclusiva para o Bolavip Brasil, Victor Sá comentou o momento vivido pelo time. “Conquistamos recentemente um título da Supercopa do país, isso traz uma moral muito grande. Vivemos um bom momento, espero que essa boa fase continue no Mundial.
Após a conquista inédita o clube volta os olhos completamente para a disputa do Mundial e o elenco segue firme na preparação. “A liga local teve uma pausa, então temos focado apenas na preparação para o Mundial. Temos feito vários trabalhos visando o adversário de estreia, o nosso treinador tem repassado muito material deles, então acredito que estamos preparados para a disputa.”, contou Victor.
O atacante Victor Sá estava no Wolfsburg-ALE, antes de ser anunciado como reforço do Al Jazira, dos Emirados Árabes. O atleta assinou com clube em definitivo até 2023. De acordo com o GE, o investimento feito pelo time dos Emirados Árabes gira em torno de 3,5 milhões de euros (R$ 21 milhões, na cotação da época). O jogador chegou ao clube em agosto do ano passado e vem conquistando seu espaço no elenco. “ Eu cheguei recentemente, são seis meses que estou na equipe. Cada atleta tem a sua importância dentro do elenco. Busco sempre fazer o meu melhor, para poder ajudar a equipe da melhor forma possível.”.
Victor avalia que tem vivido um bom momento de sua carreira e que defender o Al Jazira é um desafio. “ Estou vivendo uma fase muito boa. Aceitei esse desafio de defender o Al Jazira, estou muito feliz por tudo que tenho vivido na equipe. Estou em uma expectativa muito boa para a disputa do Mundial, espero que tudo possa ocorrer da melhor forma e que a gente possa chegar longe na competição.”, disse o jogador.
Inclusive, um dos desafios pelo brasileiro foi um fator extra campo. Victor Sá revelou que precisou se adequar ao clima local, mas que de modo geral o país favorece a adaptação. “No início sofri bastante com o calor, mas agora a temperatura está mais amena e tudo fica mais fácil. O país tem tudo, então facilita muito a adaptação. Dentro de campo a adaptação têm sido a melhor possível.” , revelou.
O jogador, que já chegou conquistando títulos pelo Al Jazira, e vive a expectativa da Disputado do Mundial revelou também que pretende permanecer com a equipe com quem tem contrato até 2023. “ Eu estou muito feliz aqui no Al Jazira. O meu pensamento é de permanecer aqui no clube. Tenho contrato até junho de 2023 e a minha expectativa é de cumprir o contrato até o final.”, disse.
Victor Sá nasceu em São José dos Campos e foi revelado pela base do Palmeiras. O jogador teve passagem pelo São José e foi vendido para Kapfenberg, da Áustria, em 2017. Victor acabou se destacou com a equipe e logo no ano seguinte foi vendido para o Lask, um dos principais times austríacos. No Lask marcou 27 gols em 54 partidas e o bom desempenho atraiu a atenção dos alemães do Wolfsburg, clube onde permaneceu até se transferir para o Al Jazira no ano passado. Com experiência em três continentes, o jogador tem bagagem para comparar o futebol destas partes do mundo. “O futebol brasileiro é o mais técnico de todos. O futebol Europeu também tem a parte técnica, mas a parte tática também é muito forte. Aqui, o futebol é bem mais corrido, muita velocidade.”, avaliou.