No Cruzeiro, a demissão de Adilson Batista, no último domingo (15), após a derrota para o Coimbra, por 1×0, no Campeonato Mineiro, continua dando o que falar. Em entrevista à ESPN, o agora ex-treinador continuou tecendo críticas à diretoria e aos jogadores “medalhões” da Raposa que teriam contribuído para sua saída.

Adilson Batista volta a lamentar gestão da Raposa e critica medalhões
Adilson Batista volta a lamentar gestão da Raposa e critica medalhões

“Fiquei triste porque estamos sendo geridos por oito pessoas. Evidente que eles têm o seu valor por assumirem o clube num grau de dificuldade enorme. Aceitaram esse desafio, tem que enaltecer isso. O que eu questionei é que, na área do futebol, os oito estavam dando palpite. Hoje, eu conversando com o Carlos Ferreira Rocha, foi designado que quatro vão planejar e um terá a palavra final, que será o próprio Carlos. Então o departamento de futebol ficou um pouquinho isolado. Eles contrataram o Ocimar Bolicenho que não tinha poder, não tinha autonomia”, disse.

“Medalhões” foram criticado pelo ex-treinador Adilson Batista – Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Ainda segundo Adilson, foram resolvidas muitas pendências e processos como rescisão e pagamento de ex-atletas, diversas crises e as questões de contratações foram deixadas de lado. Com isso, houve perda de tempo, com alguns jogadores que já poderiam estar na Raposa, atrasando assim o processo.

“Neste último jogo, eu estreei quatro jogadores que chegaram e ainda não estão aptos. O Cruzeiro perdeu muito tempo neste processo. Os torcedores precisavam compreender e quem tá gerindo, a mesma coisa. Não cair na onda de A, B ou C, em parte da imprensa que gosta de ver crise no Cruzeiro”, justificou.

Adilson Batista tem razão em suas críticas ao Cruzeiro?

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Por fim, o profissional disse que a culpa do rebaixamento da Raposa no ano passado era também culpa dos jogadores mais experientes e que sempre foi parceiro do clube: “Fico triste que tomaram uma decisão precipitada e eu nunca fui de chegar e pedir um monte de atletas. Eu sempre fui parceiro do clube, nas dificuldades, desde o ano passado quando o Zezé (Perrella) me ligou pra fazer os três jogos. Eu vim, me entreguei, infelizmente, não conseguimos, era um momento muito difícil. E transfiro isso para os atletas. Conseguiram derrubar Mano Menezes, Rogério Ceni e o Abel Braga. Não conseguiram me derrubar porque foram três jogos”, finalizou.