Jaqueline ainda preocupa comissão técnica

O Corinthians garantiu vaga nas quartas de final da Libertadores Feminina com a liderança do Grupo A, mas enfrenta incertezas médicas antes do mata-mata. A atacante Jaqueline, uma das principais peças ofensivas das Brabas, segue em recuperação de um trauma no pé direito sofrido antes do torneio. A expectativa era de que ela retornasse nesta fase, mas o quadro preocupa o técnico Lucas Piccinato.

Lucas Piccinato, técnico das Brabas. Foto: Rebeca Reis/Staff Images Woman/CBF
Lucas Piccinato, técnico das Brabas. Foto: Rebeca Reis/Staff Images Woman/CBF

De acordo com o treinador, a atleta ainda sente dores e passará por novas avaliações. “Ela correu em campo pela primeira vez na terça-feira, ainda sentindo desconforto. A gente vai avaliar se ela consegue ir na próxima partida”, explicou Piccinato após a vitória sobre o Santa Fe. A presença da atacante diante do Boca Juniors, no sábado (11), segue incerta, e a comissão técnica prioriza a integridade física da jogadora.

Outro nome que preocupa é Duda Sampaio. A meio-campista sofreu uma torção no tornozelo na goleada por 11 a 0 sobre o Always Ready e, embora tenha atuado contra o Santa Fe, ainda não está totalmente recuperada. “A Duda não conseguiu treinar com a bola na terça-feira, ela só fez treino à parte na fisioterapia. Saiu do jogo ainda com bastante incômodo”, afirmou Piccinato.

Convocada recentemente por Arthur Elias para os amistosos da Seleção Brasileira, Duda tenta se recuperar a tempo para seguir ajudando o Corinthians na Libertadores. O departamento médico acompanha de perto a atleta, que é fundamental na criação de jogadas e na bola parada. Sua condição física será determinante para a estratégia de Piccinato no duelo decisivo das quartas.

Vic Albuquerque, jogadora Corinthians. Foto: Thiago Calil/AGIF

Vic Albuquerque é dúvida após torção no joelho

Além de Jaqueline e Duda, Vic Albuquerque também preocupa. A meio-campista sentiu o joelho esquerdo após uma dividida com a adversária Karen Hernández, ainda no início da partida contra o Santa Fe. Mesmo permanecendo em campo, Vic deixou o estádio mancando. “Meu joelho virou na hora”, relatou a jogadora, que agora será submetida a exames para determinar a gravidade do problema.

A possível ausência de Vic representaria um duro golpe na equipe, que já lida com limitações de elenco. Conhecida por sua intensidade e poder de decisão, ela é peça-chave na ligação entre o meio e o ataque. Caso não reúna condições, o técnico pode precisar alterar a estrutura tática para compensar a perda.

O cenário é ainda mais desafiador devido ao regulamento da Conmebol. A entidade não permite substituições na lista de inscritas por lesão, exceto para goleiras. Assim, o Corinthians não poderá repor eventuais baixas no elenco. Lucas Piccinato inscreveu Yayá, que deixou o clube rumo ao PSG antes do início do torneio, o que limita as opções disponíveis para as fases decisivas.

Essa restrição aumenta a pressão sobre o departamento médico e o preparo físico das Brabas. O treinador precisará administrar o desgaste do grupo para evitar novos desfalques e manter a competitividade em alto nível. A prioridade é recuperar ao máximo as jogadoras lesionadas até o confronto com o Boca Juniors.

As quartas de final da Libertadores Feminina prometem emoção. No sábado (11), o Corinthians enfrenta o Boca Juniors no Estádio Francisco Urbano, enquanto Ferroviária e Independiente Dragonas se enfrentam na mesma data. No domingo (12), será a vez de Colo-Colo encarar o Libertad e do São Paulo medir forças com o Deportivo Cali no Estádio Florencio Sola.

Em busca do hexa

Com um elenco técnico e experiente, as Brabas seguem como favoritas, mas as lesões podem influenciar o desempenho. O Corinthians busca o hexacampeonato continental e aposta na força coletiva para superar as adversidades físicas. “Vamos lutar com quem estiver disponível”, resumiu Piccinato, reforçando o espírito de união do grupo.