Chefe comentou a saída de Hamilton e avaliou a situação
Toto Wolff, chefe da Mercedes, comentou recentemente sobre a decisão de Lewis Hamilton de trocar a Mercedes pela Ferrari em 2025. Com a mudança, o heptacampeão completará 40 anos e abrirá uma nova fase na carreira, agora vestindo o famoso vermelho da escuderia italiana.
No podcast High Performance, Wolff refletiu sobre o futuro de Hamilton na Fórmula 1 e a necessidade de adaptação que ele enfrentará. O dirigente destacou que, com a idade, é natural que o desempenho físico e mental mude, e Hamilton talvez não consiga manter a mesma forma que o levou a conquistar seus primeiros campeonatos na F1.
Wolff falou sobre a situação de Kimi Antonelli e comparou com o futebol
Na Mercedes, Wolff já trabalha com uma nova geração. Em 2025, Andrea Kimi Antonelli, de apenas 18 anos, será companheiro de George Russell, que completa 27 anos no início do próximo ano. Wolff comparou a situação com o cenário do futebol, onde os veteranos dão espaço para talentos mais jovens.
“É a mesma coisa no futebol. Técnicos como Alex Ferguson ou Pep Guardiola, eles se anteciparam ao desempenho de seus principais astros e trouxeram jogadores jovens que conduziram os times nos anos seguintes.”, disse Wolff.
O chefe da equipe alemã elogiou a decisão de Hamilton de correr pela Ferrari, afirmando que é uma experiência única na carreira de um piloto. Porém, ele também deu a entender que a Mercedes vinha analisando há tempos quando seria o momento de reduzir seu apoio ao heptacampeão e direcionar esforços para novos talentos.
“Há uma razão pela qual apenas assinamos contratos anuais”, começou Wolff, explicando a situação contratual das equipes e como funcionam os bastidores das decisões. Estamos em um esporte onde a acuidade cognitiva é extremamente importante, e eu acredito que todos têm um prazo de validade. Então, preciso olhar para a próxima geração.”, destacou Wolff.
Respeitou a decisão do heptacampeão de sair da equipe
Mesmo com a saída de Hamilton, Wolff demonstrou apoio à sua decisão de realizar o sonho de correr pela Ferrari. Ele reconheceu que esse desejo é algo comum a muitos pilotos e que Hamilton não estaria completo sem experimentar esse desafio. Ainda assim, Wolff reforçou que a Mercedes já estava focada no desenvolvimento de uma equipe de futuro, e que Hamilton sabia que um dia precisaria seguir novos rumos na F1.
“Gostei da situação [Lewis na Ferrari]. Isso nos ajuda porque evita o momento em que precisamos dizer ao piloto mais icônico do esporte que queremos parar.”, finalizou o chefe.