Pilotos estão se mobilizando

O diretor da Associação de Pilotos de Fórmula 1, George Russell, confirmou que os pilotos da categoria estão se mobilizando para redigir e divulgar uma carta pública manifestando sua insatisfação com a postura da FIA em relação ao uso de palavrões durante entrevistas e coletivas de imprensa.

George Russell no Circuito das Américas (2024)
© IMAGO/NurPhotoGeorge Russell no Circuito das Américas (2024)

A decisão vem após um episódio envolvendo Max Verstappen, que supostamente utilizou uma linguagem inadequada durante uma coletiva antes do GP de Singapura.

Carta será emitida

Russell destacou que a carta será uma forma de diálogo com a entidade reguladora da Fórmula 1. Para ele, é importante que os pilotos tenham um espaço para expressar suas opiniões e emoções sem medo de represálias.

O piloto da Mercedes também ressaltou o apoio que Max Verstappen tem recebido de seus colegas, que se mostram solidários na busca por uma abordagem mais flexível e compreensiva da FIA.

“É um pouco estranho que tenhamos chegado a essa situação. Ainda não falamos com a FIA, mas esperamos fazer isso na próxima semana, no México. Estamos todos alinhados e provavelmente vamos entregar uma carta formal para que vocês leiam em nome dos pilotos.”, comentou o britânico.

O papel das emissoras de TV

Outro ponto levantado por Russell foi o papel das emissoras de TV. Ele mencionou que elas têm a capacidade de decidir se irão ou não transmitir certos momentos de palavrões captados durante as corridas.

George Russell no Circuito das Américas (IMAGO / PanoramiC)

Contudo, o britânico admitiu que fora das pistas, especialmente em contextos formais como entrevistas e coletivas de imprensa, é possível que os pilotos escolham melhor suas palavras.

“Não queremos eliminar as emoções que os pilotos expressam durante as corridas.”, afirmou Russell.

Sob a liderança de Mohammed Ben Sulayem, a FIA adotou uma postura mais rígida quanto ao uso de palavrões, determinando que atitudes do tipo podem resultar em punições, como a obrigação de prestar um dia de serviços comunitários.