Thiago Silva decidiu encerrar sua segunda passagem pelo Fluminense antes do fim do contrato, válido até julho de 2026. A despedida aconteceu após a eliminação para o Vasco na Copa Betano do Brasil, quando o capitão falou com o elenco no vestiário e deixou claro que aquele poderia ser um adeus definitivo. Apesar da saída, o zagueiro não pensa em aposentadoria neste momento.

Aos 41 anos, Thiago Silva ainda alimenta o sonho de disputar mais uma Copa do Mundo e entende que precisa seguir em atividade em alto nível. Internamente, o jogador avalia que ainda tem condições físicas e técnicas para competir na elite do futebol europeu, desde que esteja em um ambiente que favoreça também sua vida pessoal.
O fator familiar pesa de forma decisiva nessa escolha. Nos últimos meses, o zagueiro externou ao clube o desejo de ficar mais próximo da família, que vive em Londres. Os filhos atuam nas categorias de base do Chelsea, e Thiago sente falta de participar do dia a dia deles, algo que se tornou prioridade absoluta neste momento da carreira.
Família como prioridade
De acordo com pessoas próximas, atuar em Londres ou em cidades próximas é visto como o cenário ideal para Thiago Silva. A intenção é conciliar a reta final da carreira com a presença constante ao lado da esposa e dos filhos, algo considerado inegociável pelo estafe do jogador. Por isso, propostas fora desse eixo tendem a perder força.
Mesmo com esse foco, Thiago não descarta atuar em outros centros da Europa. Clubes tradicionais acompanham a situação, e o Milan, onde construiu uma passagem marcante, já sinalizou interesse em uma possível volta. Ainda assim, nenhuma decisão foi tomada, e o jogador analisa o mercado com cautela.
O zagueiro entende que o próximo passo precisa ser bem calculado. Além do aspecto emocional, ele avalia questões esportivas, como nível de competição, calendário e visibilidade, fatores considerados fundamentais para manter vivo o sonho de retornar à seleção brasileira em ano de Copa.
Sonho da Copa e legado no Fluminense
Mesmo fora do último ciclo, Thiago Silva segue no radar de Carlo Ancelotti, que já declarou publicamente que alguns atletas não precisam ser testados. A experiência, liderança e histórico do defensor pesam a favor, especialmente em um cenário de renovação gradual da seleção visando o Mundial.
No Fluminense, Thiago deixa um legado importante. Desde o retorno em 2024, foi peça-chave na permanência do clube na Série A do Brasileirão Betano, além de liderar campanhas marcantes em 2025, com semifinal de Copa do Brasil e vaga direta na Libertadores de 2026.
Ao todo, são 212 partidas com a camisa tricolor, 19 gols e três assistências, números que reforçam sua relevância dentro e fora de campo. A saída marca o fim de um ciclo vitorioso e simbólico para o clube e para o jogador, que ainda não escreveu o último capítulo da carreira.