Deixou saudades
A saída de Everton Ribeiro para o Bahia foi bastante sentida no Flamengo. O meio-campista estava no Clube desde 2017, ganhou tudo e virou ídolo. A ligação do camisa 7 com a torcida era muito forte.
Nas conversas para a renovação, o negócio emperrou. Everton gostaria de um contrato por mais duas temporadas, já o Fla, não cedeu e ofereceu apenas mais 12 meses, mantendo o salário atual.
Aí apareceu o Bahia e fechou a contratação, oferecendo o tempo de contrato que o craque gostaria e ainda podendo renovar por mais um ano, fora que terá um pós-carreira integrado ao Grupo City.
Seu começo no Tricolor de Aço tem sido bastante promissor. O técnico Rogério Ceni está pregando cautela nesse início de temporada para o atleta não se desgastar tanto e acabar se machucando.
Substituto de Ribeiro será caseiro
Até por isso, ele dificilmente tem jogado os 90 minutos das partidas. Já era assim no Fla, quando começava, era substituído no decorrer do segundo tempo ou ficava no banco para entrar depois.
A torcida do Mengão imaginava que, com a saída do Everton Ribeiro, a direção do CRF já tinha um substituto para contratar e até tentou fechar com Evander, ex-Vasco, mas o negócio acabou emperrando pelos altos valores.
Tite também esperava um jogador para o meio de campo, porém, não faz pressão internamente para reforços e já trabalha com a ideia de um substituto caseiro: Victor Hugo, de apenas 20 anos.
O meia perdeu espaço após a chegada do comandante, mas vem ganhando moral nos treinos e o técnico tem em mente de utilizá-lo como meia ofensivo ou aberto pela direita, justamente como o antigo camisa 7 jogava. Ele não é um velocista, é um construtor de jogadas, do jeito que o ídolo atuava desde 2017.
Valioso para o CRF e desculpas de Tite
Houve propostas durante esses anos de até 25 milhões de euros (R$ 132,7 milhões), mas o Flamengo acabou recusando por entender que o atleta irá valer muito mais em um futuro próximo.
Na última entrevista coletiva, Tite pediu desculpas ao jogador e seu estafe por utilizá-lo como segundo homem no meio de campo, setor que o meia apresentou dificuldades visíveis para performar em campo.
“Tenho que fazer um pedido de desculpas. Eu prejudiquei o Victor Hugo. Dei uma função que não é usual, não é a melhor dele. Por vezes você quer oportunizar os atletas. Disse: deixa eu ver como segundo meio-campista central com o De la Cruz mais à frente. E não é a posição dele”, afirmou.
“Eu e a comissão técnica erramos. Peço desculpas, entendemos o desempenho. Ele é 10, 7 ou 11 de recomposição. Tenho que ser justo. Isso vai me deixar em paz, ele tem que saber e a família dele tem que saber”, completou.
