O Flamengo não impressiona apenas dentro de campo. Fora dele, a atuação agressiva na janela de transferências tem despertado olhares até do outro lado do oceano.

A imprensa europeia, especialmente da Espanha, tem se rendido ao poder financeiro e ao projeto esportivo do clube carioca, que anunciou nesta janela nomes como Saúl Ñíguez, Emerson Royal e Samuel Lino — todos com passagem recente pela elite do futebol europeu.
Em análise publicada nesta semana, jornais espanhóis destacaram o que chamam de “modelo sustentável” do Flamengo, capaz de combinar investimento pesado com uma engrenagem que se retroalimenta: a venda de jovens da base para financiar reforços de peso. O texto menciona atletas como Vinicius Júnior, Reinier, Wesley e Gerson como exemplos de negociações bem-sucedidas que sustentam a máquina rubro-negra.
Flamengo vira vitrine — e referência
A reportagem aponta que, enquanto muitos clubes sul-americanos tentam manter suas principais peças, o Flamengo vai além: compra atletas consagrados da Europa e oferece uma estrutura de ponta, com salários competitivos e visibilidade internacional.
Não à toa, Saúl Ñíguez declarou na apresentação que se sentiu “orgulhoso” ao ver o Flamengo disputar o Mundial de Clubes — fator que, segundo o jornal, pesou na decisão do espanhol em aceitar o projeto.
O lado B da vitrine: risco para a base
Apesar dos elogios, o texto europeu também traz um alerta. A chegada constante de estrelas pode reduzir o espaço para os garotos que sobem da base, o que compromete justamente a engrenagem que garante os investimentos.
O jornal compara a situação com o que acontece em clubes como Real Madrid e PSG, onde talentos da base muitas vezes precisam buscar espaço em outras ligas para se desenvolver.
Ainda assim, o tom geral é de admiração: “O Flamengo não apenas se reforça — ele se impõe”, diz o trecho final da análise. A publicação ainda afirma que o clube não deve parar por aí e mira a contratação de Lucas Beltrán, atacante da Fiorentina, para encorpar o elenco na disputa pelo Brasileirão.