Torcida se manifesta contra medida do Flamengo
A crise nos bastidores do Flamengo ganhou mais um capítulo nesta semana. A diretoria rubro-negra estuda entrar com uma ação judicial contra o volante Gerson, exigindo o pagamento integral do contrato de direito de imagem após sua saída para o exterior. A medida gerou forte repercussão negativa entre os torcedores.

Segundo a interpretação do clube, o vínculo de direito de imagem é distinto do contrato trabalhista e, portanto, permite cobrança do valor total em caso de rescisão unilateral sem justa causa. Para o Flamengo, a saída de Gerson, mediante pagamento da multa rescisória de 25 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões), configura uma “rescisão antecipada”.
A reação da torcida veio de forma imediata nas redes sociais. Muitos consideraram a iniciativa da diretoria como desproporcional e até oportunista. “Se já há multa de rescisão, não tem por que cobrar mais nada. Isso abre um precedente perigoso”, comentou um internauta indignado.
Outros questionaram a legalidade da cobrança. “Se existia cláusula de multa, não é rescisão antecipada. Essa cláusula aí é abusiva e provavelmente será anulada”, apontou outro torcedor, refletindo o clima de desconfiança em relação à conduta da diretoria.
Críticas à gestão aumentam
Diversos rubro-negros também levantaram suspeitas sobre a real intenção do clube. Um deles escreveu: “Parece mais uma manobra de má-fé dessa diretoria do que algo legítimo. Se ganharem na Justiça, o futebol brasileiro vai dar um passo perigoso no que diz respeito a multas rescisórias”.
A insatisfação não é isolada. A gestão do departamento de futebol já vinha sendo questionada por outras decisões recentes, e esse novo episódio aprofunda o desgaste. Há quem veja a tentativa de acionar Gerson como uma maneira de desviar o foco das dificuldades internas.
Clima tenso nos bastidores
O episódio ocorre em meio a um cenário já delicado no clube. Com desempenho irregular em campo e pressão crescente por resultados, a diretoria enfrenta críticas não apenas da torcida, mas também de conselheiros. A possível ação judicial pode, agora, se tornar mais um fator de instabilidade.