A crise entre o Flamengo e os demais clubes da Libra chegou a um novo patamar. Segundo o jornalista Lucas Musetti, do UOL, dirigentes do bloco estudam a possibilidade de excluir o clube carioca após a decisão judicial que bloqueou R$ 77 milhões da divisão de direitos de TV.
O movimento ganhou força depois da liminar obtida pelo Flamengo, que suspendeu o repasse dos valores que seriam divididos entre as equipes participantes da liga. A atitude foi vista como uma “mudança das regras durante o jogo”, conforme definiu o jornalista.
Clube isolado dentro do bloco
Desde o início da disputa judicial, o Flamengo tem enfrentado resistência dos demais filiados. A Libra chegou a emitir uma nota oficial rebatendo ponto a ponto as alegações do clube carioca, reforçando que o processo de divisão segue critérios previamente acordados. Ainda assim, a decisão do tribunal gerou enorme insatisfação entre os integrantes da liga.
Estudo jurídico para possível exclusão
Internamente, há um movimento de estudo do Estatuto da Libra para entender se há respaldo legal para expulsar o Flamengo. O tema foi levantado pelo presidente do Santos, Marcelo Teixeira, que afirmou que a medida está sendo analisada “em conjunto com outros clubes”. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também já havia dito publicamente que o Flamengo “poderia jogar sozinho” após o episódio.
O episódio aprofunda o racha político dentro da Libra, que já vinha se desgastando por divergências sobre critérios de divisão de receitas e representatividade.
Caso a exclusão seja concretizada, o Flamengo pode buscar um novo formato de negociação individual dos seus direitos de transmissão — algo que voltaria a fragmentar o mercado brasileiro de TV esportiva.
Flamengo não pretende sair da Libra
O presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, discorda dos critérios de audiência estabelecidos pela Libra em relação ao contrato com a Globo e o Flamengo conseguiu liminar na Justiça para bloquear R$ 77 milhões que seriam pagos aos clubes.
Mas apesar de estar isolado no bastidores e críticas de Leila, o presidente BAP não pensa em romper com os times da Libra e deseja cumprir o contrato, que vai até 2029. A informação é de Diogo Dantas, do jornal o Globo.