Quem é Agustín Rossi e por que ele está em pauta hoje?

Agustín Rossi é um goleiro argentino, de 30 anos, que atua no Flamengo e vive seu auge no clube. Nascido em Buenos Aires, o defensor de 1,90m de altura e 90kg é reconhecido por defesas decisivas e por seu histórico em cobranças de pênalti, ele ganhou protagonismo em 2025 no futebol brasileiro.

Rossi é o paredão do Flamengo rumo ao tetra da Libertadores – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF – Anderson Romão/AGIF
Rossi é o paredão do Flamengo rumo ao tetra da Libertadores – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF – Anderson Romão/AGIF

Sua fase impressionante em partidas eliminatórias, principalmente na atual edição da Copa Libertadores, o colocou no centro das atenções, não só entre torcedores, mas também na boca dos comentaristas e analistas esportivos.

Agustín Rossi durante o clássico entre Flamengo e Vasco no mítico Maracanã – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Como Rossi construiu sua reputação na Argentina?

Nascido na capital argentina, começou sua trajetória nas categorias de base do Chacarita Juniors, onde deu os primeiros passos como goleiro profissional em 2014. Ele era um jovem promissor com estatura acima da média (1,93 m) e características atléticas que já o diferenciavam.

Depois, transferiu-se ao Estudiantes, mas teve poucas oportunidades, e passou por empréstimo ao Defensa y Justicia para ganhar rodagem. Essas experiências moldaram sua resiliência e capacidade de adaptação.

O grande salto veio no Boca Juniors, onde se consolidou e brilhou: conquistou três títulos da Primera División Argentina, duas Copas da Liga e prêmio de Melhor Futebolista do Ano na Argentina em 2022. Sua fama de pegador de pênaltis foi construída ali, com defesas decisivas em momentos cruciais.

Quando Rossi chegou ao Flamengo e qual era o contexto?

Em 2023, Rossi teve uma breve passagem de seis meses pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita, por empréstimo, antes de fechar com o Flamengo em julho. Esse trajeto reforça como sua carreira vinha ganhando contornos internacionais.

No Rubro-Negro, teve que lidar com a falta de ritmo: ficou cerca de 71 dias no clube antes de entrar em campo oficialmente, precisando recuperar condicionamento, entrosamento e confiança no novo ambiente.

A adaptação exigiu paciência: ele conviveu com expectativa alta antecipada pela torcida e pela imprensa, mas tinha obstáculos internos, como regras de passes, estilo de jogo brasileiro e pressão por resultados imediatos.

Quais foram os recordes e títulos de Rossi no Flamengo?

Desde que assumiu a meta rubro-negra, Rossi colecionou conquistas: venceu a Copa Betano do Brasil em 2024, a Supercopa Rei em 2025, além dos Campeonatos Cariocas de 2024 e 2025.

Ele também bateu recordes defensivos: atingiu a incrível marca de 960 minutos sem sofrer gols e é peça-chave num Flamengo que prima pela solidez defensiva, além de ser um exímio defensor com a bola nos pés.

Como está o desempenho de Rossi na reta final de 2025?

Neste ano, Rossi tem se destacado justamente nos momentos de maior pressão: disputas de confrontos eliminatórios. Ele brilhou na disputa de pênaltis, defendendo cobranças decisivas na Copa Libertadores, por exemplo contra o Estudiantes (Argentina).

(12) No confronto contra o Alvirrubro de La Plata, fora de casa, após as equipes empataram em 2 a 2 na soma dos placares, ele defendeu as cobranças de Gastón Benedetti e Santiago Ascacibar para garantir a classificação do Flamengo. Na Copa do Brasil, o goleiro, mesmo defendendo a cobrança de Júnior Alonso, não evitou a eliminação para o Atlético Mineiro.

No plano técnico, impressiona sua porcentagem de defesas: no Campeonato Brasileiro de 2025, atingiu cerca de 82,6 % de defesas bem-sucedidas, com 57 defesas e apenas 12 gols sofridos em 25 jogos.

Além disso, nesses 25 jogos da Série A, suas estatísticas mostram participação ativa e constante em defesas que mantiveram o time competitivo. O próprio atleta já afirmou que se sente na melhor fase de sua carreira.

Rossi defende o pênalti de Benedetti, do Estudiantes, na classificação do Flamengo para a semifinal da Copa Libertadores 2025 – Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

Quais polêmicas marcaram a trajetória de Rossi?

Em maio de 2025, Rossi viveu um episódio grave: seu carro blindado foi alvejado com quatro tiros na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, após desembarque da delegação. Ele afirmou ser vítima da falta de segurança que assola a cidade.

Os tiros atingiram porta do motorista, retrovisor, vidro traseiro e para-lama. Felizmente, ninguém ficou ferido, mas o episódio gerou repercussão e questionamentos sobre segurança no entorno de atletas.

Outra polêmica mais antiga envolve uma acusação de violência de gênero feita por sua ex-namorada, Barbi Segovia em 2017, que chegou a travar uma transferência para os EUA. Esse episódio permanece no horizonte da imagem pública do jogador, embora ele siga profissionalmente ativo e consolidado no Flamengo.

O que Rossi diz sobre sua melhor fase e o time?

Rossi evita excessos e adota tom de humildade ao falar sobre seu momento: “Estou simplesmente me sentindo na melhor forma possível da minha carreira e espero que continue assim”.

Ele não omite o papel do time: “Sempre vou falar que este não é um jogo que só joga o goleiro, é um jogo coletivo. São 11 jogadores dentro de campo”. O defensor também defende o estilo de jogo: “Temos uma ideia de jogo que começa uma pressão na frente e é difícil chegar ao nosso gol”.

Também costuma destacar o peso da torcida no Maracanã e a rotina de manter foco e disciplina mesmo sob pressão, reforçando que seu desempenho decorre do trabalho conjunto. “Agradecer a torcida. No Maraca lotado, é incrível contar com eles. Precisamos deles”.

O que esperar do futuro de Rossi no Flamengo?

Atualmente sob contrato até dezembro de 2027, Rossi, que já possui recordes históricos, é visto como peça central do projeto de longo prazo do clube.

Internacionalmente, seu nome já aparece no radar: há rumores de interesse da Udinese (Itália) e de clubes da Premier League (Inglaterra). Mas o Flamengo, até o momento, não demonstrou intenção clara de negociá-lo.

Se continuar nesse nível, o goleiro tem potencial para consolidar um legado duradouro no clube, ultrapassando marcas históricas e sendo lembrado como um dos grandes da posição na era moderna.

Conclusão Reflexiva

Sua trajetória traça uma trajetória de superação, de lateralidades (promissor na Argentina, auge no Boca, passagem pelo Oriente Médio, até ser protagonista no Flamengo) passando por desafios e reviravoltas. Seja pelo faro em pênaltis, pelas defesas decisivas ou pela liderança silenciosa, o goleiro já deixou sua marca no clube e no cenário sul-americano.

Será que Agustín Rossi manterá o alto nível para liderar o Flamengo a mais títulos de Libertadores e Campeonato Brasileiro? Ou o interesse europeu e os desafios fora de campo irão abreviar sua trajetória no Rubro-Negro?