Fabrício Bruno chegou ao Flamengo no inicio do ano de 2022 e vive seu melhor momento com a camisa Rubro-Negra. No entanto, para chegar à boa fase e ser aprovado pela Nação, o zagueiro enfrentou momentos difíceis no início da passagem pela equipe, precisando aprender a lidar com a pressão recorrente.
Anunciado em fevereiro, o zagueiro se machucou três meses depois. Bruno teve uma lesão rara no ligamento do dedão e precisou passar por cirurgia para a retirada de um fragmento ósseo do pé esquerdo. Em entrevista ao canal fechado TNT Sports, o defensor relembra o período de recuperação, em meio à crise no comando de Paulo Sousa.
“Um lance tão bobo… fui correr e bati o dedo no calcanhar do Manoel, senti uma dor e uma ardência muito grande. Aí você começa a ficar se perguntando: ‘por que comigo?’ E pra ser sincero, eu não achava que tinha tido a lesão que tive. Quando cheguei na fisio, falei que destronquei o dedo, mas não era só isso. Nos primeiros exames descartou fratura, só que viajei para a estreia da Libertadores e não conseguia jogar, não conseguia andar. Inúmeras tentativas de voltar a jogar e não conseguia. Conversava muito com Tannure, depois fomos aprofundando mais, entra a Doutora Verônica para tentar ajudar a descobrir o que acontecia. Só que a gente vivia um momento difícil com Paulo Sousa“, recorda o defensor.
A crise do Departamento Médico do Flamengo prejudicou a passagem do contetado técnico português. “Lembro do Paulo, era um cara que tinha um enorme respeito, ele chegava e pedia se tinha como eu voltar. Aí chega o momento que o David Luizse machucou… e o pessoal no DM dizia que o mais próximo de voltar era eu, só que ao mesmo tempo não era. Eu estava muito longe de voltar. A torcida pediaa volta, outros criticando… Qual sentido de criticar? Ninguém quer estar machucado. Qual benefício isso traz? Eu não sou um cara de ficar sentado em contrato. Se eu fosse cômodo, eu ficava tratando… “, ressaltou Fabrício.
Desde que se recuperou, Fabrício Bruno participa do rodízio de Dorival Júnior entre as partidas peloCampeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.A respeito dos bastidores do novo comando técnico, o zagueiro expressa satisfação do elenco.”O Dorival fala: não tem titular. O sistema defensivo todo vai muito bem, a linha de 4 é montada e bem trabalhada nos dois times, isso reflete muito o trabalho do Dorival. Já passei em clubes que o time de cima tinha desempenho e quando ia jogar o outro time não entregava igual. Aqui não, a gente monta sistemas diferentes e acaba se consolidando. Esse rodízio agrada a todos“, completou.