O Flamengo não vive a sua melhor fase dentro de campo e atualmente é apenas o 14º colocado do Campeonato Brasileiro, com apenas nove pontos conquistados em sete jogos, sendo dois triunfos, três empates e duas derrotas. O Rubro-Negro carioca está há cinco pontos de distância do líder da competição, o Corinthians. Além disso a equipe tem revelado que nos bastidores o clima também não é dos melhores.
Mas se por um lado o Mais Querido ainda não conseguiu sair da crise que já se arrasta há algumas temporada, por outro um estudo da consultoria britânica Brand Finance revelou que o Flamengo é o clube brasileiro mais valorizado. Isso porque de acordo com o estudo, o Rubro-Negro é o único time não europeu na lista dos 50 clubes de futebol com as marcas mais valiosas do mundo em 2021/2022.
O time carioca teve sua marca avaliada em 96 milhões de euros (R$ 493 milhões) e ocupa a 49ª posição no ranking anual da Brand Finance. Assim, o Flamengo está à frente apenas do Fiorentina, da Itália, avaliada em 95 milhões de euros (R$ 488 milhões), e fica logo atrás do Benfica, de Portugal, que teve sua marca estimada em 101 milhões de euros (R$ 519 milhões). Quem lidera o ranking é o Real Madrid que teve a marca avaliada em 1,5 bilhão de euros (R$ 10,22 bilhões).
O resultado é positivo para o Flamengo e revela a força do clube não apenas no Brasil, mas no cenário internacional. Outro detalhe importante a ser observado é a hegemonia do futebol europeu. O estudo apontou que dos 50 times com a marca mais valiosa, 46 pertencem a La Liga (Espanha), Premier League (Inglaterra), Ligue 1 (França), Bundesliga (Alemanha) e Serie A (Itália). Apenas o Ajax, da Holanda (28º- 182 milhões de euros – R$ 936 milhões); Celtic , da Escócia (44º- 113 milhões de euros – R$ 581 milhões); Benfica, de Portugal (48º- 101 milhões de euros – R$ 519 milhões) são os europeus fora das cinco principais ligas e o Flamengo completa a relação sendo o único não europeu.
O valor atribuído a marca do Flamengo é quase o dobro do Palmeiras, segundo colocado no TOP 10 entre os clubes brasileiros. O Verdão foi avaliado em 52 milhões de euros (R$ 267 milhões). Em seguida Grêmio (R$ 232 milhões), São Paulo (R$ 186 milhões) e Corinthians (R$ 147 milhões). Apesar da grande torcida e tradição das equipes brasileiras, o diretor da Brand Finance, Eduardo Chaves justificou a desvantagem das equipes devido o câmbio monetário. “Quando dolarizamos os valores, os times brasileiros acabam não gerando receita comparada em dólar aos times estrangeiros”, explicou.
Para definir o valor da marca o estudo se baseou em três pilares: mercado, custo e receita, que são critérios definidos pela ISO (International Organization for Standardization, em português, Organização Internacional para Padronização), Eduardo Chaves afirma que as métricas do estudo podem colaborar para que os clubes façam uma gestão profissional de suas marcas. “Sabemos que é preciso profissionalizar e tratar as marcas dos clubes de futebol como um ativo estratégico, e é isso que nossa pesquisa faz, mostra os atributos de cada time e mede seu valor para que as marcas esportivas possam ser gerenciadas da mesma forma que as grandes corporações de marcas.”.
Apesar de não estar entre as marcas valiosas os clubes brasileiros não deixaram de crescer. De acordo com o levantamento, as equipes do Brasil “tiveram um desempenho muito forte na pesquisa de fãs de futebol Brand Finance 2022, com os fãs associando-os tanto a fortes métricas futebolísticas (como a presença de craques e disputa por troféus) quanto a importantes atributos de imagem (como reputação, sustentabilidade, inovação)”.
Outro ponto avaliado pelo estudo foi a força das marcas. Neste aspecto, o Flamengo se mantém na liderança entre os clubes brasileiros, porém o Corinthians é o segundo, com Palmeiras, São Paulo e Internacional na sequência. “O Corinthians é percebido como a segunda marca mais inovadora do Brasil e a 5ª globalmente. Projetos inovadores, como o lançamento de sua plataforma de estádio virtual e o aumento do engajamento dos torcedores, garantem ao clube a associação com inovação”, descreve o estudo.