Uma coluna de dois parágrafos, publicada no último domingo, 07, pelo jornalista francês Frédéric Hermel, no jornal AS, da Espanha, veio com um comentário no mínimo indigesto para o torcedor do Flamengo. O jornalista escancarou sua opinião sobre quem deveria ser considerado o responsável pela formação de Vini Junior, craque do Real Madrid e da seleção brasileira.

Jogador deixou o Flamengo aos 16 anos | Crédito: GILVAN DE SOUZA/CRF
Jogador deixou o Flamengo aos 16 anos | Crédito: GILVAN DE SOUZA/CRF

Como diz o ditado “de filho bonito todo mundo quer ser o pai”, e para o jornalista a ‘paternidade’ do grande futebol apresentado por Vinicius Júnior, deveria ser dada ao Real Madrid, que de acordo com Hermel é responsável de fato pela formação do atleta e ainda afirmou que atleta chegou ao clube europeu sem aspectos básicos para um jogador.

“Acredito sinceramente que os madridistas deveriam se apropriar mais do Vinicius Junior. Ou seja, apresentá-lo como um produto da La Fábrica quase tanto quanto um Dani Carvajal ou um Nacho.”, disse o jornalista que ainda completou:

“Pode-se dizer sem exagero que foi no clube branco que Vinicius recebeu a parte mais importante de sua formação futebolística. Mesmo em Madrid, dizia-se em privado que o jovem avançado não tinha muitos aspectos básicos importantes da profissão de jogador profissional.”.

Apesar de o jornalista desconsiderar as origens de Vini Jr, o craque é cria de São Gonçalo, e fez história nas categorias de base do Flamengo, e chegou a disputar 50 jogos com a camisa rubro negra, marcando 11 gols, sendo vendido por cerca de R$ 150 milhões quando tinha apenas 16 anos.

CONFIRA A COLUNA NA ÍNTEGRA:

“Lembramos perfeitamente que quando o Barça se orgulhava (com razão) de apresentar uma equipe titular com onze jogadores locais no Camp Nou, estava Pedro (então chamado Pedrito). Ninguém se importou com o fato de o simpático atacante ter feito quase todo o seu treinamento como jogador de futebol no modesto CD San Isidro (Tenerife). Ele já havia chegado ao La Masia aos 17 anos, mas foi imediatamente considerado um time juvenil de culé completo. Bom, seguindo essa lógica, acredito sinceramente que os madridistas deveriam se apropriar mais do Vinicius Junior. Ou seja, apresentá-lo como um produto da La Fábrica quase tanto quanto um Dani Carvajal ou um Nacho.

O brasileiro, que tem dado tantas alegrias nos últimos tempos, assinou pelo Real Madrid aos 16 anos e jogou pelo Castilla poucos dias depois de atingir a maioridade. Mas, acima de tudo, pode-se dizer sem exagero que foi no clube branco que Vinicius recebeu a parte mais importante de sua formação futebolística. Mesmo em Madrid, dizia-se em privado que o jovem avançado não tinha muitos aspectos básicos importantes da profissão de jogador profissional. É por isso que seus diferentes treinadores na Casa Branca, especialmente Zinedine Zidane e David Bettoni, atuaram como professores para oferecer a ele toda a formação necessária. Vini sabia ouvi-los com humildade. E aqui está.”