[ALERTA GATILHO!] Uma família abriu um processo contra a plataforma de streaming Netflix, envolvendo a série teen “13 Reasons Why”. No entanto, uma juíza federal arquivou o caso na última terça-feira (11). A família alega que o seriado influenciou o suícidio da filha, cometido em 2017. A primeira temporada da produção, que estreou em março daquele ano, era sobre os motivos pelos quais a protagonista tirou a vida.
De acordo com o New York Post, abriga judicial se iniciou em agosto de 2021, quando John Herndon, pai de Bella, responsabilizou a Netflix. “[Ela] morreu como um resultado de atos tortuosos e omissões da Netflix que causaram, ou ao menos contribuíram substancialmente para [o suícidio]”, disse, segundo os documentos enviados à Justiça.
Na sentença, a juíza federal Yvonne Gonzalez Rogers entendeu que a acusação não se sustentava. O veredito foi tomado com base na Primeira Emenda à constituição norte-americana, que estabelece o direito à liberdade de expressão.“Esse é um caso trágico. Mas não pode ter continuidade como processo”, afirmou. Os pais de Bella têm até o dia 18 de janeiro para recorrer.
No ano passado, a defesa de Herndon explicou que as críticas focavam mais em relação aos algoritmos da Netflix que promovem a série, e não a produção em si. “O que este caso se trata é sobre o direcionamento privado a crianças vulneráveis e as consequências disso, que não só eram apenas previsíveis e foram previstas, como a Netflix foi avisada sobre isso”, disse Ryan Hamilton.
Bella Herndon se matou pouco depois da estreia da série, em abril de 2017. A jovem tinha apenas 15 anos. Além dela, uma menina da mesma idade, Priscilla Chui, também tirou a vida. Na época, John e a família de Prisicilla se uniram para se manifestar contra a segunda temporada de “13 Reasons Why”. John argumentavaque a Netflix não colocou os alertas adequados sobre o tema e não tinha nenhum mecanismo de controle da oferta de conteúdo sensível.