Fernando Bacal, médico de Faustão, concedeu uma entrevista ao Estadão e abriu o jogo sobre a repercussão do caso do apresentador. O ex-Globo passou por um transplante de coração e, na última sexta-feira (1º), foi transferido para a unidade semi-intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein.
O cardiologista admitiu que os holofotes em volta do comunicador trouxeram um estresse extra, mas ponderou que também enxergou uma oportunidade para a busca de mais informações sobre transplantes. “Trato todos pacientes como iguais, mas claro que (a repercussão do caso) é um estresse a mais, um holofote a mais, mas vi aí uma oportunidade para que as pessoas pudessem falar mais sobre transplante”, declarou.
“Todos os hospitais estão relatando um aumento de transplantes feitos nesse curto intervalo, eu acho que já pode ser um reflexo. Então eu canalizo esse estresse em prol da causa dos transplantes”, comemorou o especialista em transplantes, ainda ao Estadão.
Bacal também falou sobre como funciona a lista de espera para transplantes. “É uma lista única e auditada, não se compra órgãos. O primeiro critério é o de ABO (tipagem sanguínea). O tipo B (tipo de Faustão) é mais raro, por outro lado, quando surge um doador do tipo B, a concorrência pelo órgão é menor”, explicou. Por fim, o médico não quis comentar qual foi a reação de Fausto Silva com a descoberta de um coração compatível, mas disse que no geral “é um susto receber a notícia, mas é uma alegria porque isso é o que mais querem”.