Decidido, Tião Galinha abandona Joana e assume liderança do MST em Renascer com discurso contundente

Tião Galinha larga família e vai para assentamento

Tião Galinha, personagem interpretado por Irandhir Santos, se tornará o novo líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na novela Renascer. A trama, que promete cenas emocionantes em breve, o mostrará abandonando Joana (Alice Carvalho) e seus filhos para encabeçar a luta por um pedaço de terra.

Segundo informações de André Romano, do Observatório da TV nesta quarta (19), após uma breve passagem de tempo na narrativa, Tião Galinha fará um discurso acalorado durante sua posse como novo líder do movimento. Em suas palavras, Tião condena aqueles que criticam a causa dos trabalhadores rurais e reivindica a legitimidade de sua luta.

“Maldito aqueles que maldizem a nossa luta! Que desprezam a nossa dor! Que num dão o valor do nosso suor! Maldito aqueles que diz que nóis quem invadîmo terra… quâno nóis num invadîmo terra ninhuma! Ocupação pra reivindicá um direito num é invasão,” declarará Tião.

Ele também denunciará os atos históricos de grilagem e violência cometidos pelos antepassados dos grandes proprietários de terra. “Se alguém invadiu terra um dia foi os antepassado desses pôco que hoje são dono d’um mundaréu de terra, que eles mêmo num dão nem contá de cuidá”.

Direito de existir

Na cena da novela, Tião vai prosseguir com seu raciocínio: “Esses sim grilaram terra, mataram o povo que tava aqui, escravizô esse povo e os que truxeram de fora… esses, que hoje pegam ni arma pra impedî que gente que nem nóis lute por um direito é nosso… eles tão com as mãos e com o passado sujo de sangue num sômo nóis! Porque a nossa luta num é crime!”.

Tião Galinha vai enfatizar que a luta do MST não é pela posse, mas pela dignidade e pelo direito de existir. “Crime é o que eles fizeram com nóis! Nóis só querêmo uma terra pá podê trabaiá… pra podê cuidá… pra cumprî com o propósito sagrado de alimentá e sustentá nossas famía… e as famía de todos bicho que vêve ni cima dela! Nóis num lutâmo por posse, lutâmo por dignidade!”.

Ele concluirá seu discurso reforçando a necessidade de união dos trabalhadores rurais: “Lutâmo pelo direito de existî! E cerca ninhuma que eles pusé pode afastá nóis dum direito que é nosso! Pode, não… E quanto mais eles apertá nóis, mais nóis têmo que se juntá… porque, junto, nóis num morrê de fome, nem de paulada, nem de tiro… nem de desilusão!”.

Antes, Joana vai se irritar com a ideia do marido e questionar se Tião perdeu o juízo por querer abandonar uma vida estável, já que ela tem um emprego fixo, enquanto ele vive de bicos nas fazendas próximas: “Pense ni tudo que nóis já num passêmo? Pense d’ondé que nóis vinhémo… E ói pra tudo que Deus boto ni nossa vida”, protestará ela antes de ser abandonada pelo catador de carangueijos.

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