Anitta deu uma nova entrevista nesta semana — desta vez, para a Harper’s Bazaar na edição de junho/julho — a qual contou mais sobre suas origens e como a vivência em uma comunidade do Rio de Janeiro influenciou em sua vida profissional.
A cantora afirmou que ter crescido em Honório Gurgel, zona oeste do Rio de Janeiro, moldou sua trajetória artística. “Se você nasceu em um lugar onde só tem acesso a armas, crimes, drogas, sexo – é sobre isso que você vai escrever”, começou a cantora. “Não tem como cantar sobre o lindo paraíso carioca se não estivermos chegando nem perto [o suficiente] para ver isso”, prosseguiu.
“Não estou dizendo: ‘Oh, é tão bom cometer um crime.’ Não. Só estou dizendo que você não deu nenhuma oportunidade para essas pessoas escolherem outras coisas”, defendeu Anitta na sequência, explicando que o funk carioca sofreu muito preconceito desde a sua criação e chegou a ter seus artistas criminalizados devido ao teor explícito das letras e também por conta do racismo.
Anitta também rebateu as críticas que recebeu por conta de seu novo clipe, gravado em partes em uma comunidade do Rio. “Eu danço de bunda para cima e vende mais. As pessoas adoram reclamar: ‘Ah, essa pessoa é tão vulgar.’ Mas é disso que eles gostam. Além de tudo, também sou empresária. Eu sou um artista. Eu sei subir no palco e fazer todo mundo pular, fazer todo mundo fazer o que eu quero. Eu sei que vende”, declarou.
