Depois que a cantora Anitta revelou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, também conhecido como EBV, muitos fãs se perguntaram sobre o que é esse vírus e quais problemsa ele pode causar. Mais conhecido por ser o vírus da Mononucleose, o Epstein-Barr é relacionado ao aumento no risco de várias doenças, incluindo lupus eritematoso sistêmico (LES), esclerose múltipla (EM) e diabete do tipo 1.
O vírus EBV é da família do herpes vírus e pode ser transmitido pela saliva, por transfusões de sangue e por meio do contato com objetos contaminado. Segundo especialistas, muitas infecções são assintomáticas, ou seja, a pessoa não sente nada, mas esse não é o caso de Anitta já que ela revelou que teve limitações físicas, como dificuldades para subir a escada para ir até o segundo andar da própria casa durante um período.
Marcus Pai, diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), comentou sobre a relação do vírus com a possibilidade do desenvolvimento da esclerose múltipla: “A infecção pelo EBV pode aumentar a chance de ter esclerose múltipla, por alterar a resposta autoimune da pessoa. Assim, o sistema imune da pessoa começa a atacar o próprio sistema nervoso”, explicou o especialista.
De acordo com dados de entidades da medicina, a esclerose múltipla atinge cerca de 40 mil brasileiros e é de difícil diagnóstico. A enfermidade se manifesta de forma neurológica, crônica e autoimune, e as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Ela pode comprometer os sistemas visual, sensitivo, motor e de coordenação. Não há cura para a doença e o tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da enfermidade que geralmente acomete jovens adultos, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.