A Netflix é uma das plataformas de streaming mais populares e tem um catálogo de filmes e séries que acabam garantindo uma legião de fãs. Mas grandes produções também podem render grandes polêmicas e até mesmo alguns processos. Separamos alguns casos que renderam dor de cabeça para a empresa.

Crédito: Divulgação
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10. O Golpista do Tinder

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O documentário O Golpista do Tinder, lançado em fevereiro de 2022, conta a história de diversas mulheres vítimas de Shimon Hayut, um vigarista conhecido por ganhar a confiança de mulheres no Tinder e aplicar golpes se passando por Simon Leviev, um magnata do ramo dos diamantes. A Netflix acabou se tornando alvo de um processo movido pelo segurança de Simon Leviev, Peter, que segundo ele, teve a sua imagem afetada pois o documentário teria o retratado como cúmplice de Shimon Hayut. O segurança pediu a retirada do documentário do ar, que a Netflix publique um pedido de desculpas e uma indenização de 5,6 milhões de dólares.

9. Olhos que Condenam

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Olhos que Condenam foi lançado em 2019 e conta a história de “Cinco adolescentes do Harlem vivem um pesadelo depois de serem injustamente acusados de um ataque brutal no Central Park. Baseada em uma história real.”, segundo o resumo da própria Netflix. A empresa e Ava Duvernay, diretora da minissérie, foram alvos de dois processos. O primeiro movido em 2019, pela empresa John E. Reid e Associados pela forma como a Técnica Reid foi retratada, uma técnica de interrogatórios criada em 1940. Apesar de Reid, sua organização continua licenciando a técnica e treinando agentes até hoje. A Técnica Reid é mencionada no quarto episódio de Olhos que Condenam, quando o Detetive Michael Sheehan é acusado de interrogar os cinco jovens sem água e sem comida. Em 2020 foi a vez da promotora Linda Fairstein, que participou do caso real que originou a minissérie e acusa o streaming por difamação de imagem, sugerindo que foi retratada como “uma vilã racista e sem ética” nos episódios disponíveis

8. O Gambito da Rainha

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“Em um orfanato nos anos 1950, uma garota-prodígio do xadrez luta contra o vício em uma jornada improvável para se tornar a número 1 do mundo.”, este é o resumo da Netflix da série O Gambito da Rainha, lançada em 2020. A ex-campeã mundial de xadrez Nona Gaprindashvili que inspira a série processou a Netflix em setembro de 2021 por US$ 5 milhões, sob o argumento que na série um personagem afirma que ela “nunca enfrentou homens” em sua carreira e que a frase era “extremamente sexista e humilhante”. As partes entraram em um acordo extrajudicial para encerrar o processo por difamação.

7. Inventando Anna

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“Empreendedora audaciosa ou golpista? Uma jornalista conta a história de Anna Delvey, que convenceu a elite de Nova York de que era uma herdeira alemã.”, diz o resumo. A Netflix foi alvo de processo movido por Rachel Williams, que aparece como uma personagem na série, sendo retratada como uma aproveitadora que traiu a melhor amiga. A alegação de Williams é que a Netflix deturpou a sua representação.

6. Cuties | Mignonnes

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“Aos 11 anos, Amy começa a se rebelar contra as tradições conservadoras da família e encontra seu lugar em um grupo de dança da escola.”. Desde a divulgação do cartaz a série Cuties recebeu críticas dos internautas pois o material apresentava garotas de 11 anos em posturas inapropriadas e sexualizadas, a Netflix alterou o cartaz e a sinopse do filme. Mas a plataforma de streaming foi alvo de uma uma acusação criminal no condado do Texas, Estados Unidos, por supostamente promover imagens obscenas de uma criança no filme francês “Cuties”. O deputado Matt Schaefer afirmou que o longa “retrata a exibição obscena da região púbica de uma criança vestida ou parcialmente vestida com menos de 18 anos de idade que apela ao interesse lascivo por sexo”.

5. Stranger Things

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“Quando um garoto desaparece, a cidade toda participa nas buscas. Mas o que encontram são segredos, forças sobrenaturais e uma menina.” A série Stranger Things lançada em 2016, conquistou diversos fãs, mas o cineasta Charlie Kessler, acusou e processou Matt e Ross Duffer, por supostamente roubar a ideia do seu curta-metragem Montauk para fazer a série. Posteriormente veio mais uma denúncia por plágio, na qual indicava que os irmãos Duffy teriam copiado vários elementos de Tótem, um roteiro assinado por Jeffrey Kennedy, que é protegido por direitos do autor. Se não bastasse, a Netflix também foi processada pelo ator Timothy Hearl, de Stranger Things, porque supostamente a empresa não seguiu os protocolos de proteção contra a COVID-19.

4. Warrior Nun

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“Uma jovem acorda no necrotério com superpoderes e descobre que faz parte de uma seita secreta de freiras caçadoras de demônios.”. Lançada em 2020, a série da Netflix também foi acusada de plágio. O designer Billelis, foi o responsável pela criação dos posters do filme John Wick 3: Parabellum e acusou a plataforma de streaming de copiar as referências de seu trabalho na divulgação da série. O artista denunciou o poster, mas nenhuma medida foi tomada a respeito do caso. A Netflix não se pronunciou sobre o assunto.

3. O Segredo do Templo

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“Em Istambul, uma pintora embarca em uma jornada pessoal ao descobrir segredos universais sobre um sítio arqueológico em Anatólia que tem ligação com seu passado.”. Lançada em 2019, a série original O Segredo do Templo também se envolveu em escândalos por plágio. O autor Buket Uzuner acusou a Netflix de ter se apropriado de personagens de seu romance “Toprak”. Buket Uzuner chegou a solicitar, por liminar, a suspensão da série, mas não obteve sucesso.

2. Dahmer: Um Canibal Americano

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“Por mais de uma década, Jeffrey Dahmer conseguiu matar 17 jovens rapazes sem levantar suspeitas da polícia. Como ele conseguiu evitar a prisão por tanto tempo?”. Lançado em 2022, Dahmer: O Canibal Americano deu o que falar. Mas quem não ficou muito satisfeito foi o pai de Jeffrey, Lionel Dahmer que afirmou que não aprovou a produção da série. Além disso, os representantes de Lionel informaram que o pai de Jeffrey avalia processar a Netflix por supostamente glamourizar os assassinatos, e ainda por ter sido representado de forma injusta na série. O primo de uma das vítimas do serial killer condenou a produção.

1. Todo dia a mesma noite

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“Um incêndio na boate Kiss mata 242 pessoas. Agora, os familiares das vítimas lutam por justiça.”. Lançada recentemente pela Netflix, a minissérie Todo dia a mesma noite, trouxe a batalha dos pais das vítimas dos jovens que morreram no incêndio da boate Kiss, gerando novamente uma onda de comoção e revolta nas redes sociais, devido ao fato de ninguém ter permanecido preso, mesmo após condenação em júri. Apesar de lançar luz novamente sobre o tema, cerca de 40 famílias não ficaram felizes com a produção e pretendem processar a Netflix. A advogada representante das famílias das vítimas afirmou que eles se queixam da exploração comercial da tragédia pela Netflix, “que sequer teve a sensibilidade de informá-los que uma série dramática seria produzida”. Antes da formalização de uma representação judicial, o grupo pretende dialogar com a empresa. A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de SM (AVTSM) informou que não tem relação com o caso.