O ator Pedro Paulo Rangel faleceu, nesta quarta-feira (21), aos 74 anos. Ele sofria de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), causada pelo tabagismo, que consumiu cerca de metade de sua vida. A notícia da morte do artista entristeceu o público que o admirava e os amigos com quem ele fazia questão de manter contato frequente.

Pedro Paulo Rangel trabalhou em O Cravo e a Rosa, recentemente reexibida pela Globo
© Reprodução / GloboPedro Paulo Rangel trabalhou em O Cravo e a Rosa, recentemente reexibida pela Globo

Recentemente, PP (como era chamado pelos amigos) deu uma entrevista ao jornal Extra onde falou sobre a vida em seu apartamento, onde morava sozinho, e a convivência com a doença incurável. "Se eu sentir alguma coisa, aperto um botão e logo chega o socorro. A solitude é linda de viver, já a solidão é difícil, às vezes. Mas eu tenho muitos amigos, estou sempre com eles. Eu nunca me sinto só", disse ele na ocasião.

Pedro Paulo Rangel faleceu nesta quarta (21) - Foto: TV Cultura

Ao jornal, ele também falou sobre as tatuagens que começou a fazer no corpo quando já tinha 70 anos. "Depois de velho, comecei a me tatuar (gargalhadas). No braço direito, tenho as máscaras, o caranguejo do meu signo (câncer) e a lua de Van Gogh, que é meu planeta regente. Agora, não paro mais. Já estou estudando um espaço aqui para o quarto desenho, do meu orixá, Oxalufã. Quero fechar, em forma de bracelete", comentou.

Pedro Paulo Rangel tinha 1,60 de altura e, na mesma entrevista, explicou como o teatro o ajudou nesse sentido. "O teatro sempre foi muito generoso. Aceita brancos, pretos, amarelos e indígenas,altos e baixos, gordos e magros. Minha pouca altura só me prejudicou um pouco na vida, porque não consigo alcançar a prateleira de cima e tenho sempre que usar um banquinho. Só isso. De resto, está tudo ótimo!", finalizou o artista.