Paternidade, novo filme da Netflix, pode ser considerado uma surpresa: quem esperava mais uma comédia estrelada pelo humorista Kevin Kart, acabou encontrando um filme comovente, carinhoso e com uma atuação dramática do ator que, em um mundo ideal, poderia render indicações na próxima temporada de prêmios.

Kevin Hart em cena de "Paternidade", novo filme da Netflix
© Reprodução/NetflixKevin Hart em cena de "Paternidade", novo filme da Netflix

O roteiro foi escrito por Paul Weitz e Dana Stevens em cima de um livro lançado por Matthew Logelin, que por sua vez foi baseado em sua história real. É uma delicada história sobre um pai solteiro lutando para criar sua filha em um mundo difícil e cheio de complicações, mas que consegue atravessar esses momentos com muito amor. É um filme profundamente humano, dirigido com delicadeza e com atuações acima da média.

A história de Paternidade começa com Matt, um trabalhador que se mudou para Boston e se tornou pai solteiro depois que sua mulher, Liz, morre de embolia pulmonar pouco tempo depois do parto da filha do casal, Maddy. Ao voltar para o trabalho, seu chefe o aconselha a tirar um tempo de licença, que ele usa para aprender a criar a menina.

Ele conta com a ajuda de sua sogra, que insiste em ficar para ajudá-lo, e também de sua própria mãe, mas em menor grau. Acontece que Matt quer fazer tudo sozinho, e da forma como ele e Liz imaginaram para a criança, tentando dar a Maddy a criação que ela pretendia, o que acaba se revelando um grande desafio para um homem que, até então, não tinha qualquer experiência sobre como criar uma criança.

Paternidade é um filme que apela para as emoções do público com muita facilidade. Rapidamente a gente compra a história de Matt e sua filha, e muito disso acontece por conta da excelente atuação de Kevin Hart no papel. O filme, que também foi produzido por ele, se torna uma vitrine de como ele também tem capacidade para encarar papéis dramáticos, que fogem do papel cômico agitado e falastrão que ele está acostumado em seus outros trabalhos. Veja a crítica completa no vídeo acima.