Para quem não lembra, a cantora Jotta A foi descoberta ainda durante a infância em um programa de calouros no programa do Raul Gil, na época, a artista fez sucesso com um repertório de músicas gospel, o que fez com quem fosse reconhecida pela indústria religiosa. Nesta quarta-feira (13), Jotta se assumiu como mulher trans e falou mais sobre o assunto ao portal Splash, do UOL.
“Essa sou eu, indo ao cartório para fazer a primeira solicitação de retificação do meu nome de registro”, compartilhou Jotta, já mostrando uma foto de seu novo visual. “Demorei muito tempo escolhendo meu nome e cheguei à conclusão de que deveria manter Jotta, apesar de nunca ter sido meu nome de registro, só artístico”, continuou.
Jotta explicou que após o sucesso, teve que lidar com muita pressão, principalmente por se identificar até então, como menino cis homossexual.”É muito difícil estar exposta a tantos olhares em uma fase em que você está se descobrindo, em busca de aceitação. Eram 15 shows por mês, programas de TVs, viagens. Tudo isso vivenciado em um ambiente religioso, cheio de regras e cobranças”, relembrou.
A cantora também deixou claro que desenvolver a carreira gospel sendo LGBTQIA+, também trouxe inúmeras dificuldades. “Eu era uma das cantoras com mais visibilidade no mercado gospel, mas a culpa só crescia porque o aprendizado que tive dentro da igreja era de que ser homossexual é errado. Eu tinha toda uma estrutura empresarial e familiar que dependia financeiramente do meu trabalho. Como se desfazer de tudo isso quando você sabe que se assumir afetará toda a sua carreira? Você não será aceita da forma que é, e, sim, da maneira que eles querem que você seja”, ponderou.