Na última quarta-feira (09), o Brasil foi pego de surpresa ao receber a notícia da morte de Gal Costa. A cantora faleceu em sua casa, em São Paulo, aos 77 anos. O filho adotivo da artista, Gabriel Costa, cedeu uma entrevista ao Fantástico deste domingo (13) para desabafar sobre o luto. “Eu tinha a visão de que ela era minha mãe. Eu não tinha a dimensão dela como cantora. Eu só percebi isso no velório dela”, disse.
Quanto à relação entre mãe e filho, o garoto de 17 anos disse: “Ela era muito melosa. Muito grudenta. Eu falava: ‘Mãe, pelo amor de Deus (…) Tinha umas horas que eu queria ficar na minha de boa, quietinho, e ela já chegava grudando, abraçando, beijando”. Por esse motivo, Gabriel lamenta não ter dedicado mais tempo à companhia de Gal. “Não aproveitei muito a presença da minha mãe aqui. Eu não ficava muito tempo sentado com ela e minha madrinha [Wilma Petrillo] conversando. Eu ficava jogando, vendo série. Eu devia ter aproveitado mais”, desabafou ele.
Na entrevista, o jovem conta ainda que a artista gostava de ser chamada de “mãe”, mas que ele costumava chamá-la por outros nomes em tom de brincadeira, para provocar. “Nem Gal Costa, nem patroa, nem coroa. Nada. Eu falava: ‘E aí, coroa? E aí, minha chefe?’ Ela não gostava. Ela gostava que chamasse ela de mãe”, disse.
Ao final, Gabriel falou sobre o momento de luto que enfrenta na ausência da mãe e o legado da cantora na música brasileira. “Sei que minha mãe tá la em cima, me olhando. Vou me manter firme e forte e seguir”, afirmou. “Pelo que eu ouvi e o que eu conheci, [ela] foi uma mulher que revolucionou o mundo inteiro da forma dela. Sendo original, sendo ela mesma, sendo a Gal Costa. ela espalhou isso por todo o mundo”, completou em seguida.