A série "Dom", que estreou na sexta-feira (04) na Prime Vídeo, conta boa parte da vida de Pedro “Dom” Machado Lomba Neto, que é interpretado por Gabriel Leone na produção brasileira que tem dado o que falar.

Gabriel Leone como Dom na série da Prime Vídeo
© Reprodução/Prime VídeoGabriel Leone como Dom na série da Prime Vídeo

 

 

O pai dele é interpretado por Flávio Tolezani, e a série tem no elenco nomes como Raquel Villar, Isabella Santoni, Ramon Francisco, Laila Garin, Mariana Cerrone e Digão Ribeiro. Por incrível que pareça, a história é real.

Pedro Dom nasceu em 1981 e era filho de um ex-policial militar. A entrada dele no mundo das drogas começou cedo: ele tinha só nove anos quando começou a usar entorpecentes, se misturando com outros meninos que também entraram no vício nas ruas do Rio de Janeiro.

Ele era de classe média, tinha uma família estruturada, mas nada conseguiu salvar o rapaz da dependência química. Três anos depois de começar a usar drogas, ele começou a roubar a casa da sua mãe, onde morava com ela e duas irmãs. A intenção era manter seu vício. Foi nessa época que seus pais descobriram o que estava acontecendo.

Imediatamente eles tentaram fazer com que ele largasse as drogas, começando uma série de internações em clínicas especializadas em tratar de usuários de drogas. A família vendeu um apartamento para custear essas internações, além de também usar o dinheiro para pagar propina a policiais e impedir que ele fosse preso quando era flagrado usando drogas.

 

Início na vida do crime

Em 2001 ele foi preso e condenado por porte ilegal de armas. Até então ele já tinha passado por 14 internações, todas sem sucesso. Um laudo do Hospital Psiquiátrico Heitor Carrilho atestou que ele era dependente, então foi liberado pelo juiz.

Acontece que a mãe de Dom ficou desesperada e pediu de joelhos para que o juiz do caso revisse a decisão e o internasse em um hospital psiquiátrico, e isso acabou sendo feito. Só que o que ela achava que seria o melhor pra ele, acabou sendo o total contrário.

Foi durante a internação nesse hospital psiquiátrico que ele conheceu aqueles que seriam seus comparsas em uma quadrilha liderada por ele, especializada em roubos de condomínios de alta classe no Rio. Ele foi solto em fevereiro de 2002, e então colocou seus planos em prática.

Em 2004, ele emergiu como líder conhecido no Rio de Janeiro por assaltar prédios de luxo. Com subornos a policiais, ele conseguia passe livre pra praticar os crimes junto do pessoal que o acompanhava. Ele também ficava feliz com as notícias que saíam no jornal sobre os roubos, isso aumentava o ego dele.

 

Método violento

A quadrilha era bem estruturada. Cada membro tinha um função e funcionavam feito um relógio. A namorada de Dom era usada pra distrair os porteiros enquanto eles entravam nos prédios e faziam os assaltos. Quem fazia parte dessa quadrilha era o criminoso conhecido como Playboy, que se tornou chefe do Complexo da Pedreira e morreu em 2015.

As vítimas da quadrilha afirmaram que Dom era bem violento, e que não media nenhum esforço para conseguir o que queria. Com isso, ele fez o nome junto aos bandidos da cidade e começou a ficar bem famoso.

 

O fim

A carreira de Dom no crime acabou em 15 de dezembro de 2005, quando ele tinha 23, quase 24 anos. Ele estava escondido no Complexo da Maré e planejava fugir para a Favela da Rocinha. Esses planos foram descobertos por policiais que resolveram fechar o cerco pra finalmente conseguir prender o cara.

Eles fecharam a saída do Túnel Rebouças, no Rio Comprido, por onde Dom ia passar de moto pra ir da Maré pra Rocinha. Quando ele viu o cerco, tentou fugir jogando uma granada no bloqueio, que acabou ferindo um delegado e um detetive.

Ele foi perseguido pela polícia e procurou se esconder no terceiro andar um prédio. Lá, ele levou tiros no pé, mão, braço, ombro direito e tórax. Ele ainda foi levado pro hospital mas não resistiu.

É essa a história que a série Dom conta, pegando recortes da vida do criminoso e da relação com a sua família, principalmente com o pai, interpretado por Tolezani. Pra quem gosta de séries brasileiras com histórias reais, é a melhor opção na Prime Video até aqui.