Depois de uma semana que não teve grandes novidades a não ser a estreia de Stranger Things na Netflix, agora parece que o mês de julho começou mesmo: filmes, séries e documentários já estão programados para estrear nessa primeira semana, para lotar o catálogo com novidades para todos os gostos. Uma dessas novas produções é o filme “Olá, Adeus e Tudo Mais”, uma comédia romântica com toques dramáticos feita sob medida para adolescentes e jovens adultos.
O filme é baseado no livro escrito por Jennifer E. Smith, e que se tornou um best-seller. Na história, a gente conhece um casal formado por Claire e Aiden, interpretados por Talia Ryder e Jordan Fisher, que namora há algum tempo, mas lá no começo do relacionamento, eles fizeram um pacto: terminar a relação antes de ir para a faculdade. Então, acompanhamos o último encontro deles antes da despedida definitiva, e obviamente há muitas coisas em jogo, mas principalmente o sentimento de um para o outro.
A história é bem interessante, se olharmos pelo ponto de vista da praticidade: é um filme curto, com uma história que prende a nossa atenção, com dois atores ótimos encabeçando o elenco: Talia Ryder e Jordan Fisher parecem ideais para os papéis que interpretam aqui. O enredo vai se desenvolvendo devagar, já que no começo, os dois personagens parecem decididos a cumprir o trato, mas conforme o dia passa, Aiden vai ficando receoso se realmente quer terminar, enquanto Claire parece mais decidida. Saber o que vai acontecer no fim da história é o que nos mantém ligados até o climax.
Pegando no emocional do espectador
A viagem ao passado do casal que o filme propõe também pode pegar muita gente no calo emocional, já que é algo com o qual as pessoas conseguem ter uma conexão. Quem nunca quis fazer o “término ideal” de um relacionamento? Ou teve que terminar um namoro por questões de fora do casal, como uma mudança para outra cidade? O filme proporciona uma visão a respeito dessa temática, já que o casal aproveita o último dia juntos para passearem pelos lugares que foram importantes no decorrer do relacionamento. Esse é um ponto que pega fácil em quem assiste, além dos momentos de comédia no decorrer da história que terminam por causar o riso, mas quase perto do final, dá lugar a um estado de nervosismo, um riso amarelo, frouxo. É o melhor sinal para uma produção como essa: deixar o espectador tenso pra saber se o fim daquela relação vai mesmo acontecer ou não.
“Olá, Adeus e Tudo Mais” é dirigido com competência por Michael Kaplan, que fez outro sucesso da Netflix: “Para Todos os Garotos que Já Amei”, que vai quase na mesma linha narrativa desse filme aqui. E, mais uma vez, ele mostra que pode não ser um diretor de grande personalidade, mas consegue conduzir a história de uma forma que não seja caricata e nem ofensiva à inteligência de quem assiste. No fim das contas, o filme vale para quem curte esse gênero da comédia romântica adolescente, mas tem um algo a mais que pode conversar com qualquer idade, já que praticamente todo mundo já precisou enfrentar uma decisão amorosa difícil na vida – e se não enfrentou, ainda pode passar por isso em algum momento.