No podcast “Papo de Novela”, o ator falou sobre o preconceito com gays e sobre o personagem e a negatividade que existe de fora das câmerasem relação ao preconceito. Cazarré enfatizou: “Ai, se a pessoa é gay não posso ser amigo porque ele vai me querer”, disse ele. Juliano também falou que sempre foi incentivado a não ter preconceitos desde sua adolescência. “Fui para a faculdade, sempre tive muitos e muitos amigos gays e sempre foi tranquilaço, sempre foi amizade mesmo, espírito de camaradagem e tal.”
Na trama de Bruno Luperi, o seu personagem é o “braço direito” de Zaquieu (Silvero Pereira), e ele falou que é ótimo ver o contexto, a história do personagem gay que não fica em torno da sexualidade. “É muito boa essa amizade deles na novela, e o que eu gosto muito de ver também é os dois indo para a aventura: pegando revólver, barco, lança, indo atrás do Tenório. Isso dá um lugar novo, que é o seguinte: Zaquieu é um personagem que todos sabem que é gay, mas a cena não gira em torno disso, ele não está batalhando pelo direito de viver, ele está aceito pela fazenda toda, tem um melhor amigo.”
“Eu quero muito ver essa nova etapa em que isso já não for mais um problema e a gente puder ver os dilemas morais que não são os dilemas da aceitação. Acho que a dramaturgia pode dar esse passo”, finalizou dizendo que não pode ser aceito a homofobia no mundo no qual vivemos.
Pantanal teve o seu fim no último dia (07), com cenas marcantes em seu final, como o encontro de Tadeu (José Loreto) e do Velho do Rio (Osmar Prado), trajetória que marcou a aceitação do filho de “coração” de José Leôncio (Marcos Palmeira), o filho do amor, como o próprio personagem diz na trama. O remake de Pantanal deixa saudades, mas grandes lembranças no coração do público que acompanhou do início ao fim.