A arquiteta Maria Kirzner Malagueta, de 34 anos, estava grávida de gêmeos. Ela gostaria de ter os bebês perto de sua família e, por isso, viajaria para o Recife. No entanto, o plano acabou saindo totalmente diferente do planejado. Segundo o site UOL, ela deu à luz com apenas 27 semanas de gestação. Porém, os irmãos gêmeos têm um dia de diferença, além de terem nascido em estados diferentes.
Marina estava sozinha em casa, no dia 26 de janeiro, quando sua bolsa estourou. Ela foi ao hospital e descobriu que estava com 3cm de dilatação e que Miguel já estava pronto para nascer. Com contrações a cada 10 minutos, ela pediu para que sua família viesse. O marido estava em Belo Horizonte, sua mãe no Recife e a irmã em São Paulo.
Apesar de torcerem para os bebês ficarem na barriga por mais uma semana, Miguel nasceu de parto normal na Maternidade Apmir (Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Resende). A placenta dele ficou retida no útero de Marina. Preparada para receber Davi, ela levou uma surpresa ao perceber que não voltou a ter contrações. A arquiteta permaneceu com um quadro estável, enquanto o bebê estava bem, mas intubado na UTI.
Segundo gêmeo
Buscando evitar mais riscos, Marina foi transferida para um hospital com mais estrutura e recursos. Com isso, começou a sua transferência para Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo. Por conta do risco, Marina e Miguel, que já havia nascido há 30 horas,foram para o hospital em duas ambulâncias com UTIs.
Como a placenta de Miguel ficou no útero de Marina, havia o risco do descolamento da placenta, aumentando um risco de infecção. Depois de quase 300km de distância e quatro horas de viagem, a arquiteta chegou a São Paulo já com contrações. Ela, porém, começou a apresentar infecção no útero, que foi controlada com antibiótico.
No parto, Davi nasceu, e a placenta de Miguel, retida no útero de Marina, também saiu. O segundo gêmero nasceu 36 horas e 34 minutos depois do irmão, também de forma natural. Ele não precisou ser intubado. Eles ficaram no hospital por 80 dias e receberam alta no dia 19 de abril. Hoje, o carioca Miguel e o paulista Davi já têm três meses, saudáveis e sem sequelas.