The Last of Us, um dos jogos mais famosos do mundo, ganhou sua primeira adaptação no streaming. Disponível na HBO, a série do game estreou no segundo domingo do mês (15) e já conquistou milhões de novos fãs. Com Pedro Pascal (Joel), Bella Ramsey (Ellie) e outros astros no elenco, a produção tem recebido elogios e alcançado um novo público que não conhece a história original.
Conforme visto nos primeiros episódios, o fim do mundo é gerado pelo fungo Cordyceps, que existe na vida real. No universo, ele consegue dominar e matar humanos, resultando no caos visto na série. O site CNN Brasil procurou Manoel Marques Evangelista Oliveira, cientista do Laboratório de Taxonomia, Bioquímica e Bioprospecção de Fungos do Instituto Oswaldo Cruz.
O especialista revelou que, ao contrário do que acontece em The Last of Us, o Cordyceps não apresenta riscos de evoluir e atacar humanos. O fungo, de fato, ganhou fama por atacar insetos e transformá-los em “zumbis”, dominando o sistema nervoso e assumindo o controle de suas vítimas: “Nos últimos anos, temos observado uma mudança no perfil dos fungos”, disse Manoel.
“O fungo tenta se adaptar ao ambiente em que ele se encontra. Às vezes, a mudança de temperatura faz com que ele se adapte ao ambiente. Há um crescente de relatos de fungos que tinham perfil ambiental, ou seja, crescer a uma temperatura que não era a do corpo humano acima de 37°C, e que começam a se desenvolver como fungos patogênicos”, completou.