No dia dos namorados o amor vem à flor da pele, são as chamadas “borboletas no estômago”, suar frio perto da pessoa amada, nervosismo, etc. Mas tudo isso tem uma explicação, e o cérebro tem um papel crucial para as reações corporais desse sentimento. Para entender melhor o funcionamento cerebral em um relacionamento, oProf. Dr. Fabiano de Abreu– PhD em neurociência e biólogo – explica melhor os efeitos biológicos no cérebro durante a paixão.

Dia dos Namorados é comemorado neste 12 de junho
© Reprodução / PixabayDia dos Namorados é comemorado neste 12 de junho

“Detalhar como o cérebro funciona no relacionamento não é tão simples, pois depende não só do sentimento da pessoa, como também outros fatores como a personalidade e inteligência. Estes também interferem em como o cérebro funciona no relacionamento. Portanto, qualquer receita de bolo para este título estaria equivocada. Mesmo assim, vou selecionar alguns fatores que possam vir a acontecer em diferentes casos no relacionamento.”, inicia.

Dr. Fabiano de Abreu – Foto: MF Global

“O neurotransmissor envolvido é a famosa dopamina, responsável pela sensação de recompensa […] diversas regiões do cérebro estão relacionadas à paixão, entre elas, o córtex pré-frontal e as demais que estão localizadas nas regiões do núcleo da base e do sistema límbico.” As emoções estão intimamente ligadas com o funcionamento cerebral que, quando está “apaixonado” apresenta altos níveis de dopamina que pode levar o cérebro a considerar o sentimento como um vício.

Mais detalhes sobre a reação

Mas dentre todas essas alterações que ocorrem durante o amor, quais delas são responsáveis também pela paixão e, biologicamente falando, há diferença entre os dois sentimentos? “Já ouviu dizer que a paixão é passageira? Porque é uma emoção com prazo de validade e de alta intensidade. A paixão ocasiona estados de hiper motivação, perda da razão, estresse, dependência, obsessão e compulsões […] já no amor, vamos falar do hormônio oxitocina, também liberado no parto ou no sexo. Ele está relacionado a vínculos mais duradouros. Assim como a vasopressina, este hormônio aumenta a pressão sanguínea, por isso amar faz bem”, explica Dr. Fabiano.

O amor é um dos sentimentos mais desejados e um dos que proporciona mais reações prazerosas no cérebro, mas e durante um término? Como o cérebro reage? “Quando isso não acontece, a ansiedade aumenta e envolve constantemente a amígdala cerebral que, com o passar do tempo, se não resolver, coloca a pessoa em um sentimento de infelicidade causando disfunção generalizada em diversos neurotransmissores.”