Recentemente,Gilma de Fátima, médica brasileira, deu o que falar nas redes sociais após expor um susto que passou. Ao receber uma encomenda, a médica notou, que havia uma cobra presa à embalagem. A doutora relatou que comprou toalhas pela internet e só percebeu a presença do réptil quando foi cortar o lacre da embalagem.

Foto: Reprodução/Pixabay – Cobra-coral.
Foto: Reprodução/Pixabay – Cobra-coral.

“Foi um susto horrível. Estou até agora em choque. Minha secretária chegou a colocar o pacote debaixo dos braços. Poderíamos ter sido picadas. Outra questão é que, a cobra era um filhote, então, de onde saiu essa podem ter outras.Eu me aproximei com o rosto para cortar o durex, então poderia ter sido picada. Foi um risco grande.”, disse ela.

Foto: Reprodução/Pixabay – Cobra.

Em entrevista ao G1, o biólogo e doutor em zoologia Henrique Costa, afirmou que a cobra encontrada se trata de uma cobra-coral falsa.“Por causa da barriga branca, a imagem nos permite ver claramente a região ventral, a barriga do animal, e essa barriga branca é uma característica que não aparece em nenhuma das corais verdadeiras que temos no Brasil.”, começou explicando ele.

“No sudeste temos também várias espécies, nem todas tem o padrão clássico de vermelho, preto e branco, mas nenhuma coral verdadeira tem a barriga branca. Porém existe corais falsas que não tem a barriga branca, então é mais confuso do que parece essa identificação de falsa coral ou verdadeira”, afirmou, ao revelar que existem mais de 38 espécies de cobra-coral verdadeira.

Vale ressaltar que, caso alguém encontre uma cobra, o correto é acionaro Ibama, Corpo de Bombeiros ou Polícia Ambiental para fazer a retirada do animal. Por mais que no Brasil as quatro principais cobras peçonhentas sejam acobra-coral verdadeira, cascavel, jararaca esurucucu pico-de-jaca, não se deve matar ou fazer o manejo do animal sem a devida experiência.

Em nota enviada ao G1, a loja afirma não saber como a cobra foi parar na embalagem, mas pontuam:“só temos a certeza de que não foi nas nossas dependências”. A loja também informa que as entregas são terceirizadas.“Ao que sabemos essa compra foi levada para o Centro de Distribuição em Santana deParnaíba, depois para Embu das Artes e redistribuída para outra transportadora. No caso da nossa venda, a transportadora que levou a mercadoria para a compradora, foi a transportadora Sequoia e de Embu das Artes foi enviada para a filial da Sequoia em Contagem, MG. Diante desses fatos, sinceramente é impossível saber em que momento do transporte ocorreu essa anormalidade.”, diz a nota.