No começo deste ano, Jake Gray precisou ser entrevistado pela revista IFL Science para comprovar que o seu “pet”, uma aranha-caçadora gigante, realmente existia. A história do australiano e do aracnídeo se tornou pública quando o homem publicou uma foto de seu “hóspede” no”Australian spider identification page”, grupo do Facebookque se dedica a compartilhar fotos de aranhas que aparecem nas casas das pessoas.
Gray afirmou que usa o “bichinho” para matar insetos e evitar uma praga de baratas em sua casa.“As Aranhas-Caçadoras sempre foram aceitas em nossa casa, especialmente porque elas comem as baratas, e nós escolhemos não usar produtos químicos para matar nenhum tipo de peste”, contou Gray. O ápice da relação entre o humano e a aranha foi quando o australiano viuCharlotte devoraruma Asian House Gecko (uma versão australiana da popular lagartixa brasileira).
A ideia de chamar o pet de Charlotte, nome humano, foi para tentar acalmar os dois filhos, fazendo com que a aranha parecesse menos assustadora.“A última vez que a gente viu a Charlotte já fazia uns 12 meses, e agora ela parece ter crescido”, conta o homem.
Segundo informações deLinda S. Rayor,ecologista e especialistas em aranhas, o animal não é peçonhento, mas não é aconselhado a criá-lo como um “pet”.“Se você encontrar com a espécie, precisa fazer duas coisas. A primeira é se controlar, ela não vai te fazer mal. A segunda é pegar uma vasilha e tirar a aranha de volta à natureza. Elas raramente mordem humanos, porque preferem correr para evitar predadores. E mesmo quando elas picam, a maioria das mordidas são beliscões defensivos e rápidos, sem injetar veneno”, explicou.