Quem é Lucas Silva e por que sua trajetória no Cruzeiro está em pauta?
Lucas Silva é o meio-campista e capitão do Cruzeiro, que em setembro de 2025 vive sua terceira passagem pelo clube, consolidado como um líder veterano que busca coroar sua história de identificação com um título na era da SAF. Com estilo marcado pela qualidade no passe, visão de jogo e boa chegada de média distância, ele combina a cadência de quem sabe ditar o ritmo com a entrega tática que sustenta o setor defensivo.

A trajetória do volante como ‘Cria da Toca da Raposa’ sempre foi marcada por destaque e consistência. Desde cedo, figurou entre as maiores promessas reveladas pelo Cabuloso, não apenas pela técnica refinada, mas também pela postura madura que o transformou em pilar da equipe dentro das quatro linhas do gramado.
Capitão da Raposa, o camisa 16 carrega a responsabilidade de ser protagonista em um momento de reconstrução. Sua experiência é vista como fundamental para as ambições do clube, mas, ao mesmo tempo, coloca em pauta a discussão sobre o tamanho de seu legado. Entre altos e baixos ao longo da carreira, o meio-campista conseguiu se reinventar e hoje simboliza a ponte entre a tradição da base celeste e a nova fase do time, motivo pelo qual sua presença desperta análises e opiniões.
Como foi o início de Lucas Silva no Cruzeiro?
Revelado na base do Cruzeiro, Lucas Silva teve uma ascensão meteórica, tornando-se titular absoluto e peça-chave na conquista do bicampeonato brasileiro de 2013 e 2014. Sua estreia pelo time profissional aconteceu em 2012, aos 19 anos, e rapidamente chamou a atenção pela maturidade em campo. Em duelo contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro, o ‘Cria da Toca’ substituiu Tinga, destaque do clube na época.
Sem espaço com Vágner Mancini e Celso Roth, treinadores que passaram pela equipe durante sua transição, o volante começou a ganhar oportunidades após a chegada de Marcelo Oliveira na temporada seguinte. O experiente comandante identificou no jovem revelado pela base um talento capaz de organizar as ações ofensivas, oferecendo ao atleta sequência e confiança.
A resposta do meio-campista foi imediata, tendo uma ascensão meteórica. Através do seu talento, ele rapidamente se consolidou como titular, unindo qualidade, leitura de jogo e disciplina tática, características que o transformaram em peça indispensável no time que conquistaria o Campeonato Brasileiro de 2013 e 2014.
Formando excelente dupla com Nilton, o atual ídolo da torcida celeste chamava mais a atenção pela categoria, sendo elogiado pela imprensa. Ditando o ritmo da equipe, o habilidoso jogador impressionava pela precisão nos passes e finalizações de longa distância, enquanto seu companheiro se destacava na marcação.
Uma das maiores revelações do futebol brasileiro na época, o jovem mineiro rapidamente despertou o interesse de clubes do exterior. Em 2014, aos 21 anos, ele já destoava em campo pela técnica refinada e maturidade, incomuns para a idade. Naquele momento, parecia inevitável que sua carreira alcançaria patamares ainda mais altos.
O que marcou a passagem de Lucas Silva pelo futebol europeu?
Contratado pelo Real Madrid em 2015, Lucas Silva não conseguiu se firmar na Europa e enfrentou um grande obstáculo na carreira ao ser diagnosticado com um problema cardíaco que o afastou temporariamente dos gramados. A transferência para o time merengue foi cercada de grande expectativa, já que o volante era visto como um dos jovens brasileiros mais promissores da época.
A adaptação do ‘Cria da Toca’ ao futebol europeu se mostrou desafiadora: ritmo de treino intenso, concorrência acirrada por posições e a pressão de vestir uma camisa histórica pesaram sobre ele. Ao todo, durante sua passagem pelo time merengue, o meia disputou apenas nove jogos, sendo emprestado para o Olympique de Marseille.
A passagem da joia celeste pela França na temporada 2015/16 foi marcada por altos e baixos. Começando sua trajetória em bom nível, o brasileiro demonstrou qualidade, recuperando o bom futebol. Por outro lado, ao longo da temporada, enfrentou dificuldades para manter a consistência, sendo impactado por desafios táticos, fator que limitou seu desempenho, atuando em 33 partidas.
Em 2016, Lucas Silva enfrentou um dos maiores desafios de sua carreira ao ser diagnosticado com arritmia cardíaca, pouco depois de defender o Marseille. O problema de saúde impediu a ida para o Sporting, gerando grande incerteza sobre o futuro do volante no futebol. Afastado dos gramados temporariamente, ele precisou passar por exames rigorosos, além de seguir acompanhamento médico constante.
O processo de recuperação exigiu paciência, disciplina e muita determinação, mas o ídolo celeste demonstrou resiliência e foco. Com o tempo, conquistou a liberação médica para voltar aos treinos e gradualmente retornou às partidas, recuperando confiança e ritmo de jogo. Mais do que um teste físico, esse episódio reforçou sua imagem como jogador determinado, capaz de superar desafios fora dos gramados.
Como foi a primeira volta de Lucas Silva ao Cruzeiro?
Lucas Silva retornou ao Cruzeiro em 2017 e, embora tenha conquistado duas Copas do Brasil, fez parte do elenco que foi rebaixado para a Série B em 2019, um dos momentos mais difíceis de sua carreira. Após duas temporadas turbulentas no exterior, o meio-campista reconquistou seu espaço no time celeste, tornando-se novamente peça fundamental.
Dando a volta por cima em sua volta ao futebol brasileiro, ele ganhou novamente a confiança da comissão técnica para ajudar o time mineiro. Durante esse período, também recebeu o apoio e a admiração da torcida, que reconhecia sua entrega e identificação com a camisa celeste.
Bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018, o camisa 16 se destacou como um dos principais nomes do elenco. Sua experiência adquirida durante a passagem pelo futebol europeu o tornou ainda mais decisivo. Com passes precisos e presença constante em momentos importantes, o meia reforçou sua identificação com o clube.
As temporadas seguintes após as conquistas foram extremamente desafiadoras. O Cruzeiro atravessou um período de crise financeira e instabilidade técnica, com problemas de gestão, atrasos salariais e dificuldade para reforçar o elenco. Em campo, os problemas refletiram em uma sequência de resultados negativos, somados a trocas constantes de treinadores. Todo esse cenário culminou no rebaixamento para a Série B em 2019, marcando um dos momentos mais complicados da história recente do clube.
Passagem de Lucas Silva pelo Grêmio
Deixando o Cruzeiro no fim da temporada 2019, Lucas Silva voltou para o Real Madrid, onde tinha vínculo até junho de 2020. Fora dos planos da comissão técnica merengue, ele rescindiu o contrato com o time espanhol, ficando livre no mercado da bola.
Em janeiro de 2020, o ‘Cria da Toca’ assinou com o Grêmio até dezembro de 2024, sendo anunciado como o segundo reforço do Imortal Tricolor durante a janela de transferências. Aceitando um novo desafio na carreira, o volante teve passagem vitoriosa pelo time gaúcho.
Com 150 partidas disputadas pelo Rei de Copas, o meio-campista foi peça importante nas conquistas do Campeonato Gaúcho e da Recopa Gaúcha em 2020, 2021 e 2022. Demonstrando qualidade, consistência e liderança, ele conquistou o torcedor gremista.
Embora tenha sido titular durante grande parte de sua passagem pelo Tricolor Gaúcho, o talentoso jogador perdeu espaço no elenco em 2023. Em junho daquele ano, acertou a rescisão contratual e foi liberado para retornar ao Cruzeiro, clube onde iniciou sua trajetória profissional.
Quando Lucas Silva retornou ao Cruzeiro pela terceira vez?
Em meados de 2023, Lucas Silva acertou seu segundo retorno ao Cruzeiro, já na era da SAF, assumindo um papel de liderança e se tornando capitão da equipe. Promovido à Série A do Brasileirão, o Cabuloso vivia um processo de reconstrução técnica e estrutural, e a chegada do dolo celeste foi fundamental para o elenco. Com seu profundo vínculo com o clube, ele assumiu a faixa de capitão.
Estabelecendo-se rapidamente como uma voz de comando no vestiário, o meia cruzeirense colocou sua experiência e profundo conhecimento do clube a serviço do grupo, orientando especialmente os jogadores mais jovens. Com postura firme e presença inspiradora, o atleta reforçou o espírito de equipe e ajudou a impor a disciplina necessária durante um período de reconstrução.
Atualmente, o camisa 16 desempenha um papel crucial na conexão entre o passado vitorioso e o novo projeto na era SAF. Revelado nas categorias de base, ele carrega a memória de títulos emblemáticos e a história do clube. Fora e dentro de campo, sua liderança vai além da técnica: como capitão, ele transmite valores, tornando-se a ponte que une a tradição celeste aos objetivos e desafios do futuro.
Como a torcida do Cruzeiro vê seu capitão em 2025?
A torcida tem uma relação de grande respeito e carinho por Lucas Silva, vendo-o como um símbolo do clube, mas também cobra que sua liderança se traduza em resultados expressivos e títulos. Amplamente reconhecido pela Nação Azul pela sua lealdade com o clube, ele reforçou sua imagem como protagonista em campo.
Elogiado tanto dentro quanto fora de campo, o volante mantém prestígio entre torcedores, companheiros e dirigentes por ter retornado em momentos distintos da história recente. Através das redes sociais, um torcedor cruzeirense exaltou a importância do camisa 16: “Lucas Silva está fazendo a diferença, assumiu um papel fundamental para manter o controle do time”.
Por outro lado, o capitão cruzeirense também sofre críticas pontuais sobre seu desempenho em campo, especialmente em relação ao ritmo de jogo. Alguns torcedores e comentaristas apontam que, em certos momentos, ele não acompanha a intensidade exigida pelo futebol moderno, o que pode influenciar a dinâmica do meio-campo.
O que Lucas Silva diz sobre sua relação com o Cruzeiro?
Lucas Silva frequentemente declara seu amor pelo clube que o formou, destacando a superação dos momentos difíceis e o orgulho de ser capitão do time. Em entrevista à imprensa, logo após seu retorno ao Cabuloso, o volante fez questão de exaltar a instituição: “O Cruzeiro é a minha casa, o clube que me projetou e para o qual eu sempre quero voltar”.
Projetando um futuro promissor para o Time do Povo, o atleta revelado na Toca da Raposa já declarou em diversas ocasiões o desejo de ajudar o clube a retomar o caminho das glórias, destacando a responsabilidade de exercer a liderança no elenco: “Ser capitão aqui, depois de tudo que vivi, é uma responsabilidade e um orgulho muito grande”.
Qual é o legado de Lucas Silva e o que esperar de seu futuro?
O legado de Lucas Silva é o de um dos jogadores mais identificados com o Cruzeiro neste século, e seu futuro no clube dependerá de sua capacidade de liderar a equipe a uma nova era de conquistas. Sua trajetória combina títulos históricos com momentos de superação, incluindo o rebaixamento em 2019, quando manteve sua postura de compromisso com o Cabuloso.
Essa mistura de vitórias e desafios reforça seu lugar na galeria de ídolos, mostrando que sua importância vai além dos troféus: ela se mede também pelo vínculo com a torcida, além da capacidade de conduzir o time a uma nova era de conquistas.
Visto como liderança importante no vestiário do Cruzeiro, o ‘Cria da Toca’ tem contrato até dezembro de 2027. Completando 300 jogos pela Raposa em agosto de 2025, o experiente meio-campista entrou na lista dos 20 atletas que mais atuaram com a camisa celeste.
A proximidade com o clube que o revelou e sua forte identificação com a torcida alimentam a possibilidade de que ele encerre a carreira no clube, atuando por mais algumas temporadas. Apesar das incertezas naturais do futebol, o meia demonstra comprometimento com o projeto do clube e a intenção de permanecer como peça central, buscando erguer a primeira taça relevante da era SAF.
Será que Lucas Silva conseguirá coroar sua trajetória com um grande título?
A trajetória de Lucas Silva reflete a intensidade e os contrastes do futebol: do auge precoce e das conquistas nacionais, à dura experiência no futebol europeu, passando pela queda junto com o Cruzeiro e pela necessidade de reconstrução pessoal. Hoje, como líder e capitão, ele encarna a redenção e a responsabilidade de guiar um clube em reconstrução.
A trajetória do camisa 16 se entrelaça à história recente da Raposa, permeada por conquistas, obstáculos e superação, tornando-o um verdadeiro símbolo de resiliência, comprometimento e amor à camisa celeste. Somando mais de 300 jogos e 7 títulos, ele almeja encerrar a carreira em alta.
Lucas Silva irá encerrar a carreira como um dos maiores ídolos do clube? Ou seu legado será o do jogador que brilhou intensamente no início, mas que personificou as oscilações de um gigante em reconstrução?