Médico explica fatores para lesão de Wanderson do Cruzeiro
A última rodada da Série A do Brasileirão Betano ficou marcada por uma grande polêmica em um lance que deu o que falar. Uma forte entrada de Gustavo Gómez no atacante Wanderson em Palmeiras x Cruzeiro gerou muita polêmica, pela não expulsão.

O que chamou atenção foi o fato de que o atacante cruzeirense se lesionou e não vai voltar nesta temporada. Com isso, surgiram muitas especulações sobre a influência da entrada na lesão.
O Bolavip Brasil fez uma entrevista coletiva com o Dr. Vitor Miranda, médico ortopedista do esporte e membro titular da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE) para abordar o assunto.
Pode se destacar a explicação dele de dois fatores sobre a lesão, Wanderson ter colocado o peso do corpo em uma perna e que a lesão pode ter sido agravada pela entrada, mas poderia acontecer normalmente em qualquer jogada.
“Esse lance gerou polêmica porque houve uma discussão sobre o critério de expulsão ou não do atleta Gustavo Gómez, que foi o autor da agressão, ou melhor, do trauma. Não foi algo sem querer, mas, na minha opinião, ele foi negligente, embora não tenha tido a intenção de machucar o companheiro de profissão, com certeza“, disse o ortopedista.
“O que acontece é que esse tipo de lesão muscular, na musculatura posterior da coxa, é multifatorial. A causa nunca é uma só; existem diversas causas possíveis. Essa é uma lesão muito frequente no futebol. Como a lesão muscular é uma causa multifatorial, a gente nunca tem uma causa só. Existem fatores que contribuem, e certamente o movimento de desaceleração rápida é um dos que favorecem a ocorrência da lesão“, explicou Dr. Vitor Miranda.con
“Lembrando que, quando o atleta Wanderson sofre o trauma, ele está apenas com a perna esquerda apoiada. Então, todo o peso do corpo e toda a força de desaceleração estão sobre a perna esquerda. É por isso que acontece a lesão muscular“, encerrou o doutor.
Wanderson deve estar 100% em janeiro
Ainda na entrevista, o ortopedista deixou claro que acredita que no máximo a expectativa da recuperação é de no máximo 40 dias ou 6 semanas, deixando entendido que para o começo de 2026, o experiente atacante estará 100%.
“Como o tratamento indicado e divulgado foi um tratamento conservador, a gente imagina que seja uma lesão grau 2. Em lesões grau 2, o tempo de recuperação é, em média, de quatro a seis semanas“, projetou o médico.
“Às vezes, a previsão é de quatro semanas e o atleta volta em duas; outras vezes, a previsão é de quatro e ele volta em seis. Mas é raro passar de 40 dias. Normalmente, o atleta consegue se recuperar em até 40 dias. Dificilmente passa disso“, completou Vitor Miranda.