No último dia 7 de junho, o atacante Júnior Moraes conseguiu, na Justiça, sua rescisão de contrato no Corinthians. Sem espaço na equipe com Vanderlei Luxemburgo e também com o antecessor Fernando Lázaro, o jogador de 38 anos contou detalhes chocantes de sua situação no CT Joaquim Grava, denunciando quase um ano de atraso em salários.
Em depoimento ao comentarista Denilson em seu podcast nas redes sociais, Júnior Moraes não poupou críticas ao diretor de futebol alvinegro Alessandro Nunes, que o havia chamado de covarde anteriormente.
Depois da derrota para o América-MG, Alessandro afirmou que Moraes era “mentiroso e covarde” e pediu desculpas à torcida pela contratação. A revolta aconteceu por ele ter se surpreendido com a ação judicial de Moraes, com quem dizia manter conversas para rescindir de forma amigável.
Em entrevista ao podcast “Denílson Show”, o jogador de 38 anos disse que por várias vezes tentou chegar, sem sucesso, a um acordo com Alessandro. O atacante cobra 11 meses de direitos de imagem atrasados e todos os depósitos de FGTS.
“Entendo que o Alessandro vive momento difícil no clube de muita pressão, numa conversa ele me falou disso, de um lado pessoal que ele está vivendo também difícil na casa dele, entendo que pode desestabilizar, mas faltar com respeito com a minha pessoa, isso não (…) Ele poderia me criticar por não ter feito gols, por não ter sido a melhor contratação, faz parte. Mas falar do pessoal, de coisas que nem são verdades. Ele passou do limite”, criticou Moraes.
No podcast de Denílson, Júnior Moraes admitiu que chegou a sofrer com alergias por conta de problemas psicológicos no Corinthians.
“Vocês lembram do único gol que fiz contra a Portuguesa-RJ? Tive uma reação alérgica, passei a madrugada no hospital tomando medicação na veia, mas eu já sabia que eu seria titular. Pedi para o Vitor Pereira para jogar. Foi o jogo que fiz meu único gol pelo Corinthians. Neste jogo, meu rosto está inchado. Joguei só o primeiro tempo. Saí do jogo e fui direto para a enfermaria. Passei o segundo tempo todo tomando medicação na veia, deitado e tentando me recuperar”, recordou o veterano de 38 anos.