A demissão de Vanderlei Luxemburgo do Corinthians, ocorrida hoje à tarde (27), é o desfecho inevitável de uma gestão que deixou muito a desejar. Desde o início, Luxa demonstrou uma desconexão preocupante com a realidade do time. Em suas entrevistas, ele frequentemente pintava um quadro otimista, insistindo que o Corinthians estava indo bem, mas a realidade em campo contava uma história bem diferente. Essa tentativa de se enganar a si mesmo ou de enganar os torcedores corinthianos só agravou a situação.
Uma das críticas mais contundentes à gestão de Luxemburgo foi sua tendência a deixar a responsabilidade do jogo nas costas do goleiro Cássio. Isso não apenas sobrecarregou o experiente arqueiro, mas também enfraqueceu a confiança do restante da equipe. Foi uma estratégia que não funcionou repetidamente e que, infelizmente, teve um impacto negativo nas performances do time.
Ao analisar os números de Luxemburgo no comando do Corinthians, fica evidente que sua passagem foi decepcionante. Em 38 partidas, o treinador acumulou 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas, com um aproveitamento de apenas 48% em quatro meses de trabalho. Esses resultados colocam o Corinthians em uma posição mediana, ocupando a décima posição no Brasileirão, longe das expectativas e ambições do clube.
Luxemburgo saiu cedo ou tarde?
Luxemburgo saiu cedo ou tarde?
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A gestão de Luxa no Corinthians foi marcada por ilusões e falta de autocrítica. Seu otimismo irrealista, a sobrecarga injusta sobre Cássio e os resultados aquém das expectativas demonstram uma administração problemática. A demissão de Luxa, embora tardia, pode ser vista como um passo necessário para que o Corinthians busque um novo caminho e recupere seu lugar entre os times de elite do futebol brasileiro.