Dorival Júnior vive dias de ajustes e dúvidas no Corinthians. Horas antes de enfrentar o Atlético-MG, na Neo Química Arena, às 18h30 (de Brasília), o treinador ainda busca a fórmula ideal para uma defesa que perdeu suas principais referências.

O duelo, que abre a 29ª rodada do Brasileirão, promete testar o poder de improviso do técnico — mas também reforçar a força corintiana em casa, onde o time costuma se reinventar.
Desfalques na zaga e improviso
Sem Gustavo Henrique, suspenso após o clássico contra o Santos, e com André Ramalho praticamente descartado por causa de uma lesão na coxa, Dorival se vê obrigado a reformular a estrutura defensiva.
O comandante testou diferentes combinações no treino da véspera, ainda sem revelar a escalação. João Pedro Tchoca surge como favorito para assumir uma das vagas, enquanto Cacá e Félix Torres correm por fora. Ambos perderam espaço nos últimos jogos, mas podem reaparecer diante da necessidade.
O cenário abre margem até para improvisos. Raniele e Angileri, que já atuaram como zagueiros em momentos pontuais, são opções se Dorival optar por um sistema com três defensores. O treinador vê nisso uma oportunidade de equilibrar o time sem perder a compactação que tem sido marca da equipe nas últimas rodadas.
Timão ainda tem defesa assertiva
Mas se a zaga é incerteza, o ambiente em Itaquera segue sendo uma das maiores armas do Corinthians. O time não levou gols em cinco dos últimos dez jogos como mandante e costuma crescer diante da Fiel. O estádio, que tantas vezes foi palco de viradas improváveis, é visto como o “décimo segundo jogador” em um momento em que o elenco ainda busca estabilidade.
Do outro lado, o Atlético-MG chega sob desconfiança fora de casa. A equipe de Jorge Sampaoli vive jejum ofensivo longe da Arena MRV: nos últimos cinco compromissos como visitante, marcou apenas dois gols, ambos na vitória sobre o Bolívar, há mais de um mês, pela Sul-Americana. No Brasileirão, o último tento longe de seus domínios foi contra o Vasco, em 10 de agosto.