Corinthians elimina Palmeiras e relembra histórico de quedas após derrotas em Derbys
O Corinthians superou o Palmeiras por 2 a 0, na última quarta-feira (6), e avançou às quartas de final da Copa do Brasil. No jogo de ida, o time de Dorival Júnior já havia vencido por 1 a 0, garantindo vantagem no confronto. Mesmo assim, repetiu o triunfo, desta vez no Allianz Parque.

Historicamente, uma derrota em Derby costuma ser o estopim para mudanças drásticas, especialmente no Corinthians. Nos últimos 10 anos, cinco trabalhos foram encerrados após reveses para o rival alviverde. A pressão de um clássico costuma acelerar decisões na diretoria.
No Palmeiras, apesar da tensão e dos protestos da torcida, a postura é diferente. Exemplos como o de Roger Machado, que perdeu três vezes para o Corinthians em 2018 e seguiu no comando, mostram que a derrota, por si só, nem sempre significa demissão.
Palmeiras mantém estabilidade, mas Corinthians é mais radical
Nos últimos dez anos, o Palmeiras só encerrou dois trabalhos após derrotas para o Flamengo: Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes, ambos em 2019. Já sob Abel Ferreira, desde 2020, o clube perdeu cinco vezes para o Corinthians e seis para o Flamengo, sem mudanças imediatas no comando.
No lado corintiano, porém, o cenário é mais frequente. Tite deixou o clube após perder por 1 a 0, na 7ª rodada do Brasileirão de 2016. Cristóvão Borges caiu depois de derrota por 2 a 0, na 26ª rodada, também diante do rival.
Osmar Loss, em 2018, saiu após revés para o Ceará, e Jair Ventura assumiu, perdendo em seguida para o Palmeiras. Em 2020, Tiago Nunes foi desligado após derrota no clássico; em 2021, Vagner Mancini saiu após eliminação no estadual.
Mudanças recentes reforçam padrão
No ano passado, António Oliveira deixou o clube após derrota por 2 a 0 para o rival, na 13ª rodada do Brasileirão. A sequência reforça a tendência de mudanças rápidas no comando após derrotas em jogos de grande rivalidade.
Outro exemplo foi em 2023, quando Danilo ficou apenas um jogo à frente da equipe após a saída de Cuca. Luxemburgo assumiu logo depois de um triunfo palmeirense por 2 a 0, mostrando como o Derby segue sendo decisivo para o destino dos treinadores corintianos.